Tuesday, June 10, 2008

Mudança no blog e feeds

Olá!

Só para dizer que o blog não acabou, nem acabará tão cedo. Tudo o que fiz foi mudar a ferramente de blog, o host e transferi meu domínio. Portanto, para continuar acompanhando, basta ir no endereço original do blog: http://www.folhadocanada.com .

Quanto aos feeds, a situação ainda está um pouco confusa, já que o FeedBurner ainda não remapeou os DNS todos e estou esperando ansiosamente para que isso aconteça. Por enquanto, ele diz que meu novo endereço de feed não existe. Mas existe, e é www.folhadocanada.com/feed .

Bom, é isso. Nos encontramos .

Beijo!

Monday, June 9, 2008

McDonald's tem medo de salmonela

E eu também!

Segundo uma notícia do The Star, as lojas do McDonald's nos EUA, seguindo os passos já dados pelas colegas canadenses, retiraram as fatias de tomates de seus sanduíches. Isso porque parece estar havendo problemas com salmonela nos Estados Unidos, que pode causar sérios problemas de saúde (a salmonela, não o país).

Segundo a notícia, não foi relatado qualquer problema no Canadá em relação aos tomates, mas, por precaução, eles, mesmo antes dos americanos, tomaram a providência.

Eu acho bastante sensata a atitude, uma vez que não vale a pena arriscar a saúde de milhares de clientes (e, claro, milhares de dólares que poderiam ser perdidos em processos). Na dúvida, ainda mais estando tão coladinho nos EUA, é melhor tirar. Aliás, pessoalmente, adorei a idéia porque eu odeio tomate! Por mim, todo mundo poderia suspender, para sempre, o uso de tomate para fins culinários.

PS: Posts mais úteis virão, mas quis dividir a notícia com vocês.

Sunday, June 8, 2008

Vídeos sobre Toronto

Na sexta-feira, o G1 divulgou um vídeo de uma série, Frugal Traveler, que o The New York Times faz sobre turismo barato. Dessa vez, o repórter passou um final de semana em Toronto com US$ 500,00, incluindo passagem aérea (mas ele estava saiu de NY). O vídeo não é assim muito legal, não, mas serve pra matar um pouco da saudade de lá, ou, pra quem não conhece, sentir um pouco do clima nas ruas. Fora isso, ele dá algumas dicas de lugares legais para ir sem gastar muito. Eis a versão original do vídeo, em inglês (achei a dublagem péssima, mas quem quiser ver o vídeo em português, é só clicar aqui).



Friday, June 6, 2008

AHHHHHHHH!!!!*

* A Marilena, nos comentários do post anterior, disse que eu poderia gritar se precisasse de qualquer coisa. É o caso. :-/

Antes que eu comece, desculpem a falta de animação, esse post (que talvez nem devesse existir) é uma tentativa de melhorar meu humor. Às vezes escrever faz bem, né? E escrever só pra você mesmo ler é igual falar sozinho, coisa de maluco (na minha opinião). Então, vou colocar pra fora e ver se esse nó na garganta se desfaz.

A questão é o "quando ir". Como já escrevi há algum tempo, o marido e eu temos funcionamentos diferentes e estamos em momentos profissionais bem diferentes também. Por isso, eu estou muito mais empolgada para ir logo pro Canadá e ele nem tanto, já que fica com receio do que vamos fazer lá até conseguirmos emprego.

Resumindo, no final do ano passado, depois de analisar a situação, o marido decidiu que nós deveríamos ir em setembro, pois até lá nós teríamos conseguido juntar mais algum dinheiro e ainda não seria inverno. Pois bem, esse ficou o combinado. Mas não tinha data definida, e aí, há uns dias, eu comecei a dizer que queria ir no dia 28 de setembro, domingo, já que no dia seguinte é meu aniversário.

E aí, queridos leitores, com minha tentativa de definir uma data e o visto nas mãos, parece que a ficha do marido, finalmente, caiu. Essa semana ele começou a dizer que nós devemos repensar a data da ida, pois não conseguimos economizar o que deveríamos nesse tempo, por conta dos gastos com a festa de casamento e "otras coisitas mas". Além disso, em dezembro nós receberíamos o décimo terceiro salário, fora os salários normais por mais alguns meses. Esses pagamentos extras ajudariam bastante no período inicial por lá. Na nova proposta dele, nós iríamos no início do ano que vem.

Não preciso nem dizer o balde de água fria que foi, e está sendo, né? Por mais que pareça razoável esperar mais esses meses para organizar as coisas com calma e ir com mais dinheiro na poupança, o que eu quero é ir logo. Além disso, fico preocupada de fevereiro/março chegar e ele resolver não ir por outro motivo. Ou que, novamente, o dinheiro não seja economizado nesse período, que terá sido em vão, nesse caso.

Ficar nessa indecisão também não ajuda em nada porque o resultado é que as providências necessárias pra mudança não são tomadas. Como ainda não decidimos, e tanto podemos ir em setembro quanto em março, acaba que nada é feito e o tempo vai passando. Até então, estava combinado que iríamos em setembro e nada de prático foi feito.

Mas não tem jeito, né? Viver a dois é isso, entender e conviver com os desejos e limitações do outro. Tanto ele tem que lidar com minha ansiedade, tanto eu tenho que lidar com a inércia dele. Quando é possível um meio termo, ótimo, mas nem sempre é. O resultado é como o título daquele filme, "alguém tem que ceder". No meu caso, se não fosse pelo marido, esse processo nem seria possível pra mim, então está meio claro quem vai dar o braço a torcer, né?

Enfim, chega de desabafo. Ainda bem que amanhã é outro dia.

Thursday, June 5, 2008

Chegou, chegou, tá na hora da alegria!

Foram 599 dias de espera*, ou 1 ano, 7 meses e 20 dias. Mas a hora sempre chega, né?

É com muita alegria - e uma super pitada de alívio - que eu vos informo que os nossos vistos chegaram!!! Ufa!!! Nem acredito que acabou o processo!

Agora temos muito mais coisa pela frente, e uma vida inteira pra aproveitar e viver o que tenho pesquisado nesses últimos dois anos. O que tenho desejado, diariamente, pra mim, pro marido e pros filhos que virão. Ai, ai... é emocionante.

Bom, pra quem tem curiosidade, chega tudo num envelopão, bem grande. Um formulário dentro com sua foto e seus dados, além de uma carta com as últimas instruções. E um outro envelope menor, dentro do grande, com o passaporte, onde prenderam duas das fotos enviadas inicialmente e o recibo da última taxa paga.

E o visto é lindo demais da conta!!!

Amanhã eu escrevo com mais detalhes sobre as informações da carta, pois tem coisa que vale a pena destacar.

Hoje é dia de comemorar!!!

* Contados do envio do primeiro formulário, em 16/10/2006.

Wednesday, June 4, 2008

Divulgados números sobre violência no Brasil...

... de 2004!!!!

Estava lendo as notícias brasileiras, quando me deparei com uma matéria no G1 falando sobre uma pesquisa divulgada pelo IBGE em relação a números em diversas áreas, inclusive, violência. E, pasmem (!!!), eles verificaram que a violência, no Brasil, aumentou. Ou melhor, tinha aumentado em 2004. E levaram quatro anos pra descobrir isso! Era só perguntar para qualquer um de nós... a gente já sabia fazia tempo, não é mesmo?

Mas vamos aos números... A taxa de mortes por homicídios, no sudeste brasileiro, é de 32,3 por cada 100.000 habitantes. A média nacional é de 26,9 (Ah... minha Cidade Maravilhosa!). Um número 7,7 pontos maior do que a taxa de 1992. E, detalhe, a discrepância entre homens e mulheres é absurda! Se considerarmos apenas os homens, a taxa nacional, em 2004 (só pra lembrar), é de 50,5 para cada 100.000 e, entre as mulheres, é de 4,2. Ufa! Ainda bem que eu tenho TPM mensalmente!!! Mas, sem brincadeira, me preocupo pelos homens da minha vida (marido e pai, principalmente).

Só para termos uma idéia, no Canadá, no mesmo período, ou seja, em 2004, segundo essa pesquisa, a taxa de homicídios foi de 1,9 para cada 100.000 habitantes. E na província mais violenta daquele ano, Manitoba, esse número subia para incríveis 4,3. Igualzinho...

Não quero nem ver em 2012 quando, provavelmente, vão lançar os números da violência de 2008. Mas até lá, se tudo correr como eu espero, eu já devo ser canadense... e ainda me perguntam porquê eu vou fazer uma maluquice dessas de mudar de país!!!

Olha a prova!!! Não, é mentira!!!

Tenho certeza que quase todos a lerem esse post já sabem das mudanças no processo de imigração para o Canadá. Não sei se tem necessidade escrever um post sobre elas, já que eu mesma já li sobre o assunto em vários blogs. Se quiserem, posso até dar uma estudada e falar sobre isso aqui. Só pedir nos comentários.

Várias mudanças estavam sendo sugeridas, mas uma delas eu só fiquei sabendo hoje, quando li uma matéria no The Star. Existia uma intenção de começar a exigir o IELTS (ou o TEF, se fosse o caso) de absolutamente todos as pessoas que pretendessem imigrar pro Canadá, sem exceções. Inclusive, americanos. Já imaginou?!

A idéia também era contra o teste ser aplicado por uma instituição não-canadense, já que o IELTS é um teste feito pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra. A sugestão seria o próprio governo canadense elaborar uma prova que poderia ser aplicada pelos consulados mundo afora. Outra crítica feita ao IELTS é que ele tem um aspecto muito acadêmico.

Nada disso foi aprovado e, nesse sentido, parece que tudo continua como foi. Muitos se revoltarem de pessoas que tinham como língua-mãe o inglês ter que fazer um teste desses e alguns queriam que fossem exigidas notas mais baixas para "tradespeople" (cuja tradução não sei ao certo. Seriam executivos, comerciantes?).

Já eu não sei o que pensar disso. Acho que ser um pouco flexível não faz mal a ninguém. O IELTS já é a regra geral, mas existem exceções para casos específicos e acredito que funcione bem assim. Não sei porque mexer, justamente, nesse ponto do processo. E, na verdade, na verdade, nós todos sabemos que o maior teste de proficiência na língua é o dia a dia por lá.

Tuesday, June 3, 2008

Salva pelos Correios!

Não estou muita ansiosa para a chegada dos passaportes, mas tenho visto sempre a caixinha de correio porque não se pode dar bobeira com um documento desses por aí, né?

Ontem, fui pra casa pensando se eles tinham chegado, o que tinha acontecido com o "welcome kit" do HSBC e o que a tal da Alma (que, na verdade, se chama Almabella) queria. Quando entrei na portaria, já vieram me entregar um pacote enorme, que eu logo percebi ser o kit. Na caixinha, tinha mais duas cartinhas do HSBC Canadá, uma pra cada um de nós (só pra quem estiver esperando saber o que vai receber).

Dentro do envelopão, tinha os cartões, instruções para pegarmos nossas senhas, nossos talões de cheques, informações de limites e taxas praticadas pelo banco. Hoje a gente deve ligar pra pegar a senha e ver se o internet banking de lá funciona direitinho.

Só que ainda fiquei sem saber porque a Alma tinha ligado pra cá, já que nós preenchemos no formulário que nosso meio de comunicação preferido era o e-mail (beeeem melhor). Eis que o marido resolve procurar na caixa de spam dele (gracinha...) e lá estão três e-mails da nossa gerente. O primeiro dizendo que tinha enviado o material, o segundo perguntando se nós tínhamos recebido o primeiro e se nós queríamos um cartão de crédito de lá. O terceiro era pra confirmar o recebimento de tudo e, mais uma vez, ela ofereceu o cartão.

Respondemos a ela dizendo que tínhamos recebido tudo e que nós queríamos, sim, cartão de crédito canadense, mas que o pessoal aqui no Brasil disse que nós não poderíamos pedir um antes de ter seis meses de conta. Perguntamos se eles têm como considerar nosso histórico de crédito em outro banco brasileiro para autorizarem o cartão. Vamos aguardar a resposta (e checar a caixa de spam).

Conclusão, graças aos Correios, a Alma não deve mais ligar aqui pro meu trabalho. Ufa!

Monday, June 2, 2008

Inglês no telefone?

Hoje foi meu dia de chegar tarde ao trabalho. Ainda bem! Só assim me livrei de ter que falar ao telefone com a gerente da nossa nova conta no HSBC do Canadá (aliás, ainda não recebemos o tal do "welcome kit"). Quando cheguei, minha colega deu o recado dizendo que ela tinha ligado. E ainda contou como foi a ligação, já que até ela atinar que a pessoa estava falando em inglês levou um bom tempo.

Eu não sei o que teria acontecido se eu estivesse aqui e tivesse que atender. Primeiro de tudo, eu tenho um sério bloqueio para falar em inglês na frente de pessoas com quem eu convivo. E digamos que aqui no trabalho eu não tenha muita privacidade, todos ouviriam minha conversa, meu inglês e, claro, meus erros! Além disso, falar ao telefone, às vezes, já é complicado até na nossa língua, mas em inglês é infinitamente pior. E, ainda, falar sobre assuntos bancários em outro país! Pronto, fechou uma situação que eu realmente gostaria de evitar.

Sei que não vai ter muita escapatória e que, mais dia, menos dia, vou ter que vencer esse bloqueio, mas tudo tem sua hora. Quando eu estiver lá, vivendo em inglês, não vai ter muita escapatória mesmo. Mas aqui, agora? Ai, dá dor de barriga só de pensar!

A língua é uma grande preocupação minha. Não pelas coisas do dia a dia, isso a gente consegue se comunicar de alguma forma. O que me preocupa são as situações mais formais, tipo emprego (e suas entrevistas...) e faculdade. Não imagino como será minha primeira entrevista de emprego no Canadá, até porque nunca fiz uma aqui pra ter idéia de como seja sem a questão da língua no meio. Também não sei como vou me sair numa situação de estudo, se vou conseguir fazer anotações do que o professor fala, se essas anotações serão em português ou em inglês...

Mas tenho noção que isso é questão de tempo. Uma vez lá, o inglês desenferruja e todas essas tarefas vão sendo feitas com mais naturalidade (I hope!). Por enquanto, a Alma (nossa gerente) vai ter que falar com o marido...

Sunday, June 1, 2008

Transferência sendo processada

Então, foi dado o penúltimo passo em direção ao Wordpress. Agora o meu novo host vai pedir pro meu atual "registrar" (onde está o meu domínio) que faça a transferência do folhadocanada.com para eles. Pelo que dizem, isso demora. E, quando acontecer, é possível que eu fique um tempo, literalmente, fora do ar, até que eu configure tudo.

Então, se eu sumir, é por pouco tempo e ninguém precisa mexer em link nenhum. Quando tudo voltar ao normal, vai estar do mesmo jeito, só que melhor. :)

Enquanto isso não acontece, continuo postando normalmente aqui. E bom finzinho de domingo pra vocês!

I'm so proud...

Horas depois (um domingo inteiro, pra falar a verdade), eu consegui chegar bem perto do original no template do outro blog. Já estou satisfeita com o resultado por ora e vou começar os trâmites pra transferir o domínio e ninguém se perder por aí. Quem quiser dar uma olhada e, quem sabe, dar alguma sugestão, o "novo" blog está, temporariamente, aqui. Mas nada de ficar navegando por lá, hein? É só pra dar uma espiada... Alguns links estão só "engatilhados" e não vão funcionar como devem.

Para quem também gosta de brincar de HTML e CSS, o marido me apresentou a uma super extensão para Firefox que faz o trabalho ficar bem mais divertido. É o Firebug. Depois de instalado, você pode mexer no código de qualquer página na web e fazer as alterações. O resultado vai sendo mostrado simultaneamente. É claro que você não vai estar, realmente, alterando a página, mas apenas, digamos, "virtualmente". Depois que ficar do jeitinho que você quer, é só copiar e colar. Eu adorei e recomendo!

Wordpress, here I go!

Depois de passar várias e várias horas pesquisando sobre as ferramentas de blogs, brincando com o Wordpress do marido pra ver o que eu conseguia fazer com o layout e tal, resolvi migrar para o Wordpress.org. Quando tudo isso acabar (e vai levar um bom tempo...), meu blog será meu e só meu! rs Além de ter o meu domínio, eu vou ter a hospedagem do blog, o que deve me dar muito mais liberdade para mexer nas coisas por aqui.

Uma das coisas mais legais dessa mudança, além, claro, de eu, finalmente, poder responder aos comentários por e-mail, é que o e-mail aqui do blog, o camila@folhadocanada.com vai funcionar como se fosse um Gmail. Ou seja, ficarão para trás aqueles dias em que eu deixo de receber e-mails porque minha caixa, que tem "incríveis" 25 MB de capacidade, está lotada. Ficará tudo lá no meu querido Gmail. Ai, ai... (*suspiros*) Por ora, no entanto, eu vou ficar lá trabalhando no layout do novo blog e só vou transferir o domínio quando as coisas já estiverem mais certas. Talvez até aconteça de o blog ficar fora do ar um tempo, mas eu aviso quando existir essa possibilidade.

Talvez eu até aproveite o embalo agora para fazer um cursinho de HTML e CSS nesses últimos meses de Brasil. Alguma coisa rapidinha, lá perto do trabalho, talvez até na hora do almoço. Só pra eu aprender a lógica da coisa e começar a andar mais com minhas próprias pernas, sem tanto CTRL + C e CTRL + V. Daí, vocês vão ter que aturar banners piscando, passando pela tela, pulando... hahahaha estou brincando. Eu vou (tentar) me conter.

Enquanto isso, espero ansiosamente pelos passaportes, que estão passeando lá pelo Consulado desde terça-feira. E espero o novo domínio ser reconhecido Web afora pra eu poder começar os trabalhos.

Sobre o Canadá, tudo que tenho a dizer hoje é que só aguentei ver o primeiro tempo do jogo de ontem. Foi um resultado muito digno para nossa futura seleção, 3 X 2 não é nada mal. Queria ver se os brasileiros enfrentassem os canadenses no hockey no gelo. Ia ser lavada!

Friday, May 30, 2008

Nova ferramenta de blog

Eu me invoquei com o Blogger agora! E olha que eu amo o Google e quase todos os seus produtos, mas, pelamordedeus, porque o blogger não me informa o bendito e-mail da pessoa que escreveu um comentário? É tão simples! Eles têm essa informação!

Por conta disso, estou eu aqui quebrando a cabeça para deixar o blog do jeitinho que está, mas em outro lugar. Gosto do Wordpress e devo acabar migrando pra lá mesmo, mas, pelo visto, vou ter que migrar pro Wordpress.org e não pro Wordpress.com. Isso porque pode-se mexer muito pouco nos templates desse último e não vai dar pra manter a aparência atual.

Pelo que vi até agora, vou ter que usar o Wordpress.org, que é uma ferramenta super completa, mas, digamos, para profissional, o que está (bem) longe de ser o meu caso. Pra piorar, é pago. Mas vou estudar mais um pouquinho, se for a solução, vai ser por lá mesmo, porque agora eu cismei que "quero porque quero" poder responder aos comentários por e-mail.

E tenho dito!

Pontos do IELTS/TEF e outros

Já passamos dessa fase (faz mais de um ano), mas como troquei e-mails sobre o assunto essa semana, vale a pena deixar registrado aqui pra quem estiver procurando a informação.

Trata-se da tabela com os pontos atribuídos pelo Consulado a cada nota tirada nas provas de inglês (IELTS) ou francês (TEF).

Using your test results

Once you have taken a language test from an approved organization, you can determine how many points you will receive using one of the equivalency charts below:

International English Language Testing System (IELTS)
Level Points
(per ability)
Test results for each ability
Speaking Listening Reading
(General
Training)
Writing
(General
Training)
High First official
language: 4
7.0 - 9.0 7.0 - 9.0 7.0 - 9.0 7.0 - 9.0
Second official
language: 2
Moderate Either official
language: 2
5.0 - 6.9 5.0 - 6.9 5.0 - 6.9 5.0 - 6.9
Basic Either official language: 1
(maximum of 2)
4.0 - 4.9 4.0 - 4.9 4.0 - 4.9 4.0 - 4.9
No 0 Less than 4.0 Less than 4.0 Less than 4.0 Less than 4.0
Test d'évaluation de français (TEF)
Level Points
(per ability)
Test results for each ability
Speaking (expression orale) Listening (compréhension orale) Reading (compréhension écrite) Writing (expression écrite)
High First official language: 4 Level 5
Level 6
(349-450 pts)
Level 5
Level 6
(280-360 pts)
Level 5
Level 6
(233-300 pts)
Level 5
Level 6
(349-450 pts)
Second official language: 2
Moderate Either official
language: 2
Level 4
(271-348 pts)
Level 4
(217-279 pts)
Level 4
(181-232 pts)
Level 4
(271-348 pts)
Basic Either official
language: 1
(maximum of 2)
Level 3
(181-270 pts)
Level 3
(145-216 pts)
Level 3
(121-180 pts)
Level 3
(181-270 pts)
No 0 Level 0
Level 1
Level 2
(0-180 pts)
Level 0
Level 1
Level 2
(0-144 pts)
Level 0
Level 1
Level 2
(0-120 pts)
Level 0
Level 1
Level 2
(0-180 pts)

E se alguém quiser saber os pontos atribuídos aos outras aspectos avaliados pelo Consulado, como experiência, escolaridade, idade, etc, está tudo na página do CIC.


Resposta para Tiago sobre "roomates"

O Tiago deixou um comentário no post "Bairros de Toronto" dizendo que está indo para lá e que está procurando alguém para dividir um apartamento/casa. Não conheço ninguém nessa situação, mas tem um site, o Toronto para Brasileiros, que tem muitas informações e um "mural de recados" onde várias pessoas procuram "roomates" (na coluna da direita, embaixo). Boa sorte na sua procura!

Mais uma vez, explico que eu não tenho como responder aos comentários se a pessoa não tiver um perfil no Blogger que seja liberado para visualização. Estou hoje mesmo avaliando como faço para tirar o blog do Blogger e usar outra ferramenta, pois acho esse esquema de comentários por aqui muito ruim. Então, por enquanto, quem deixar alguma dúvida, lembre deixar um e-mail no próprio comentário.

Thursday, May 29, 2008

Série Coisas Que Eu Sentirei Saudade

Mantendo minha promessa, e o clima mais otimista do blog, vamos ao contrário do post anterior.

- Vou sentir muita falta do pão de queijo que sempre como a caminho do trabalho quando estou atrasada ou quando não tem nada pro café em casa. É tão simples passar numa lanchonete, pedir uma porção de pão de queijo e vir comendo pela rua (nesses dias eu não venho pela Santa Luzia...).

- Não dá pra garantir, mas tudo indica que vou sentir falta de chegar ao trabalho em menos de meia hora, sem pegar trânsito, já que uso metrô.

- Pra ser justa, vou sentir falta de, nos dois dias da faxineira, chegar em casa e estar tudo razoavelmente limpo, não precisar lavar louça, nem limpar o xixi do cachorro.

Série Coisas Que Eu Não Sentirei Saudade

Faz tempo que essa série não aparece por aqui, né? Mas eis que não consigo me conter...

- Não vou sentir falta das ratazanas mortas e esmagadas na Rua Santa Luzia, no centro do Rio, por onde passo todos dias para chegar ao trabalho. Sempre tem alguma, mas não costuma durar muito. Essa semana, no entanto, tem, pelo menos, duas, que, pelo visto, vão virar asfalto (já estão no processo...) antes que uma alma da Comlurb resolva tirá-las de lá. Nem preciso dizer quão nojento isso é, né? Argh! Ah, sim... e eu nem disse que elas estão em frente à Santa Casa, um hospital.

- Não vou sentir falta dos carros subindo na calçada sem sequer se preocupar com o pedestre que está passando. Na mesma rua, os carros não só trafegam na calçada, na nossa frente, como estacionam e se fazem donos desse espaço que deveria ser nosso. Como se não bastasse serem donos da rua!

- Sei que a Flávia, do Crônicas do Iglu, vai me achar a pessoa mais hipócrita e desprezível do mundo se algum dia ler isso aqui, mas lá vai: não vou sentir falta de ter uma empregada aprontando todas na minha casa. Não vou me estender, só contar o último episódio. Na segunda à noite (coincidentemente, o dia que ela vai), nosso vaso sanitário entupiu sem nenhum motivo aparente. Nada fazia o dito cujo desentupir. Na quarta (quando ela vai de novo), perguntei se tinha acontecido alguma coisa (claro, a resposta foi "não, senhora") e pedi pra ela tentar desentupir, que nós já tínhamos esgotado nossas tentativas. Chego em casa e encontro um bilhete dela:

"D. Camila, desentupi o vaso. Acho que o suporte da pedra sanitária (aquela pedra com cheirinho e desinfetante que fica presa no vaso) tinha caído lá dentro".

E daí eu percebi que a pedra, realmente, não estava mais lá, desde segunda. A minha revolta é que ninguém "acha" que uma coisa caiu ou não. Enfim, é claro que ela não tinha desentupido nada e nós tivemos que pagar R$ 70,00 para uma pessoa ir lá hoje e tirar o tal do suporte que ela "achava" que tinha caído lá dentro.

Essas coisas me tiram do sério! E eu prefiro ser a única a "achar" lá em casa (o marido também pode, né?!).

Wednesday, May 28, 2008

Primavera (ou allergy season)

Quanto à mudança pro Canadá, nem preciso dizer, sempre me preocupei com a temperatura no inverno, com todos aqueles graus negativos. Neve na calçada, neve derretida, neve caindo. Neve, neve, neve. Tenho plena noção que vou adorar a neve por um período máximo de sete dias e que, a partir daí, vou contar os dias pra ela ir embora (ou será que não? Vamos ver!). Esse é, aliás, um dos motivos pelo qual Vancouver ganha muitos pontos na minha lista. Mas eis que, com essa última viagem, a primeira que fiz nessa época do ano para um lugar de clima temperado, comecei a me preocupar com outra estação...

Sempre adorei a primavera, que, aqui no Braisl, é a estação do meu aniversário. Sempre tive muito orgulho disso. É uma estação tão linda, né? Temperaturas mais tranquilas, as flores explodindo por todos os lados, tudo colorido, a grama verdinha... Ficava até triste quando pensava que, no Canadá, meu aniversário vai ser no outono (que, aliás, é lindo também) e eu perderia todas as flores. Depois desse tempo em Londres, estou quase agradecendo por isso.

Eu já tinha ouvido falar na "allergy season" ou na "hay fever", mas sempre achei um certo exagero das pessoas. Como assim o pólen em suspensão no ar causa tantos problemas? Na verdade, eu até duvidava um pouco que o pólen, realmente, ficasse em suspensão no ar. E eis que, no primeiro dia de viagem, sem nem pensar nisso, começo a espirrar sem parar. O nariz coça, os olhos coçam, é um transtorno instalado cada vez que colocamos os pés na rua. Quando me dei conta, vi que tinham várias "coisinhas" caindo das árvores, parecia uma chuva!

É impressionante! Chega a ser cômico. Todos na rua espirrando, coçando os olhos. Isso sem falar dos ciscos que entram a cada minuto nos seus olhos. Fiquei preocupada, e já anunciei pro marido que vou andar com óculos de natação pra proteger os olhos se for assim no Canadá! rs Eu juro que não estou exagerando (tá, a parte dos óculos de natação é brincadeira)...

Eu ficava aliviada cada vez que entrávamos em uma loja, café, museu. E daí fiquei pensando que isso não vai funcionar no Canadá, já que, no fim do inverno, o que todos querem e, naturalmente, eu também vou querer, é ficar ao ar livre, aproveitando a roupa leve, o céu, as cores, tudo da primavera.

No entanto, parece que existem algumas soluções para o problema. A mais drástica, pelo que eu vi, é tomar vacinas para que o corpo de habitue a esses pólens e deixe de reagir assim a eles. Outras opções, bem mais fáceis, são usar óculos que protejam bem os olhos, usar descongestionante nasal (e eu estava com o meu a tiracolo), tomar anti-alérgicos próprios pra isso e ainda tem uma pomada que se usa perto do nariz e dos olhos que evita que as partículas passem dessa barreira.

Ainda encontrei umas outras sugestões que achei, no mínimo, ridículas. Por exemplo, andar com uma máscara! Ainda sugerem que você deixe sua casa toda fechada para evitar a entrada do ar externo. Ou seja, você passa vários meses esperando poder abrir a janela e aí não pode por causa das alergias. Ainda: evitar fazer atividades ao ar livre (hein?! Depois de um inverno de seis meses?). E tem outras óbvias, tipo tomar banho e lavar a cabeça.

Mais uma coisa para enfrentar lá terra do Maple. Vocês já passaram por isso? Alguma dica?

Monday, May 26, 2008

Novidade do dia

Olá!

De volta à vida, já trabalhando e já colocando o processo de imigração para andar de novo. Estou respondendo aos e-mails e doida pra acabar essa fase e começar a ler os milhares de posts não lidos acumulados dos blogs vizinhos.

Para quem está na espera e acompanhando nosso trajeto, tenho a honra de declarar que coloquei hoje nossos passaportes nos Correios, depois de pagar a última pedrada, que é a taxa de "direito de residência permanente", que deve ser paga pelo aplicante principal e pelo cônjuge (filhos, independente da idade, estão excluídos). Liguei para o número do Consulado apenas mesmo para confirmar o valor de R$ 850,00 para o marido e o mesmo valor para mim. Ou seja, lá se foram R$ 1.700,00, em depósito direto na conta do Consulado, no Banco Itaú.

O comprovante de depósito deve ser grampeado (ops... Mariana, obrigada pelo alerta! Escrevi errado e nem percebi! É grampeado, puro e simples...) à própria carta que o Consulado enviou (thanks, Meg), as etiquetas enviadas devem ser colocadas nos passaportes e tudo isso deve ser enviado para São Paulo. Fiquei com medo até de enviar por Sedex, já que parece estar virando "moda" roubar esse tipo de encomenda, mas acabei confiando mais nele do que na carta comum registrada.

Enfim, agora, mais uma vez, é esperar (cada vez menos...).

Para "anônimo" que comentou no post "Imigrando com cães"

Na coluna da direita aqui do blog, no título "Cães", tem uma lista de links relacionados com o assunto. Quanto às empresas que fazem o transporte, as que eu tive conhecimento foram:
Dessas, a Sysbrac, pelo que tenho acompanhado na blogosfera, tem sido a mais escolhida.

É isso, espero ter ajudado.

PS: Só para lembrar quem deixa algum comentário com pergunta, é preciso deixar alguma referência para que eu possa responder.

Friday, May 9, 2008

Conta no Canadá

Ontem, a correria para a viagem de amanhã, confirmada em cima da hora, foi agravada. Eu tinha que terminar de preencher o formulário e juntar a documentação necessária para, hoje, o marido levar tudo na nossa gerente do HSBC e continuar o processo de abertura da nossa conta lá no Canadá. Graças ao meu querido scanner, que manda a imagem direto pra impressora, pude tirar todas as cópias necessárias sem muita dificuldade.

Lendo os meus e-mails, hoje, vi que em um dos grupos que participo estavam discutindo exatamente isso. Além de perguntarem como funciona, queriam saber da legalidade da operação de transferência de dinheiro para uma conta no exterior. Daí, como estava mexendo com isso, aproveitei para responder. Deve interessar a algunas dos meus queridos leitores, então, eis o e-mail que escrevi:

"Acabamos de abrir nossa conta HSBC Premier aqui no Brasil e hoje vamos entregar a documentação para a abertura de nossa conta corrente em Toronto.

A taxa da conta HSBC Premier aqui é R$ 39,00, mas vai tendo desconto gradual dependendo de quanto dinheiro você mantém na conta. Nessa taxa está incluído tudo, o banco não te cobra nenhum serviço extra (pelo menos é o que parece, mas só o tempo para eu, realmente, acreditar nisso). Tem, inclusive, cartão de crédito, mastercard. Ou seja, você não pagará anuidade para ter o cartão. Além disso, outra grande vantagem é que você só paga uma taxa para manter conta aqui e conta lá. Como estamos pagando os R$ 39,00 aqui, não vamos pagar nada além disso para manter a conta lá no Canadá.

Infelizmente, a conta aqui não serve para ter um histórico de crédito lá no Canadá. O histórico lá só começa a ser feito quando você tem dívidas lá, tipo um cartão de crédito, e as paga em dia, todo mês (de preferência, antes do vencimento, como já ouvi dizer por aí). Me arrependi de não ter aberto a conta antes, pois se tivéssemos 6 meses de conta Premier aqui no Brasil, já poderíamos pedir um cartão de crédito canadense. O que significa que poderíamos usá-lo aqui e pagar com a conta de lá e, assim, ir criando nosso famoso histórico.

Por enquanto, que acabei de abrir a conta aqui no Brasil, teremos o cartão e crédito brasileiro e uma conta corrente no Canadá. Daqui a seis meses poderemos pedir o cartão de crédito canadense. Enquanto isso, antes de ir, nós vamos usar as contas para fazer transferências de valores e não precisar se preocupar com isso no momento do landing. É simples, pelo próprio internet banking é possível fazer uma transferência para a conta no Canadá. Podemos fazer três transferências mensais de até 3000 dólares (não sei se consideram dólar canadense ou americano, mas dá quase no mesmo).

Quanto à legalidade dessa operação, é totalmente legal. O que torna uma conta no exterior ilegal é o fato de você não a declarar no imposto de renda. Nós declaramos nossa renda, nossas economias e nossas contas bancárias regularmente, então não há qualquer problema em relação a legalidade da operação. Até porque o valor vai sair de uma conta brasileira, ou seja, o governo pode ter controle sobre ela, não é nada escondido. Ilegal seria ganhar dinheiro no Brasil, levar tudo em espécie embaixo do braço, sem declarar a saída de valor, e depositar numa conta fora do país. Isso tudo, claro, sem declarar no IRPF. É, portanto, uma situação bem diferente, que eu jamais faria, nem recomendaria. Gosto de fazer tudo certinho e dormir tranquila todas as noites.

É isso. Quando o processo de abertura de conta no Canadá terminar eu posso escrever alguma coisa aqui para mantê-los atualizados, mas, até agora, está tudo tranquilo".

Só para acrescentar, o que fizemos até agora foi ir até uma agência do HSBC para abrir a conta Premier (é preciso ter renda acima de R$ 8.000,00, se não me engano, ou ter um valor alto em investimento. A renda pode ser somada nas contas conjuntas.). Depois disso, entramos em contato com a área internacional do banco, em São Paulo. Eles mandaram o formulário e as instruções por e-mail. Formulário preenchido, cópias de passaporte, indentidade, comprovante de residência e extratos bancários (achamos melhor mandar, apesar de não terem pedido), basta entregar para sua gerente. Com sorte, ela saberá o que fazer com isso (ou, pelo menos, se informará sobre). Confesso que não estou muito segura dessa parte, mas vamos ver o que ela vai falar hoje.

Bom, se eu não aparecer nos próximos dias é porque estou passeando pelo mundo :)

See you!

Tuesday, May 6, 2008

É hoje...

... o dia da alegria!!!! E a tristeza nem pode pensar em chegar!!!
Diga, espelho meu, se há na avenida alguém mais feliz que eu!!!!


Hoje foi um grande dia, com várias boas notícias! (Se você quer saber só do processo, vá para o final do post...)

Primeiro de tudo, hoje era o dia do julgamento do meu pedido de inscrição principal (como advogada) na OAB-RJ. Não vou me alongar na questão, mas, resumidamente, como trabalho no Ministério Público, existe uma grande discussão em relação ao exercício da advocacia por funcionários da Instituição. Daí, apesar de eu ter terminado a faculdade, de ter sido aprovada no Exame de Ordem e de ter capacidade plena para atuar na profissão, o meu pedido vai para julgamento. Nesse caso, uma câmara composta por Conselheiros decide se defere ou não o meu pedido de inscrição como advogada. Eu já sabia que era uma luta perdida, pelo menos lá na OAB, porque faz tempo que eles não deferem questões semelhantes. Só que eu queria ter o indeferimento formal deles. Com os planos do Canadá, eu pensei em nem ir assistir ao julgamento.

Acabei resolvendo ir, mas não fazer a sustentação oral. Acabou que, depois de ficar mais de três horas aguardando a minha vez, eu resolvi falar (eu já gosto, né?). O relator apresentou o caso para os outros Conselheiros e foi me dada a palavra. Eu me manifestei, mas nem cabe aqui dizer o que falei. O importante é que, quando eu terminei de falar, o Presidente da mesa, antes de abrir para a votação que decidiria a questão, me fez um baita elogio (ainda mais vindo naquela situação, que é sempre muito formal e não cabe muito esse comentários "à parte"). Ele falou que, independente do julgamento, que eu não deveria desistir de ser advogada porque eu me expresso muito bem, falo com desenvoltura e tenho uma ótima argumentação. Por fim, ele disse que seria uma grande perda eu não ser advogada porque era minha vocação.

A partir daí, eu nem liguei mesmo pra decisão que viria. Fiquei tão feliz e orgulhosa do elogio gratuito que eu tinha recebido, de alguém que nunca me vira antes, nem ganharia nada com isso, que tudo o que passava na minha cabeça era "tá, então eu vou advogar no Canadá"! A ficha caiu! Ok, o julgamento prosseguiu e, como era de se esperar, o pedido foi indeferido. Antes de eu sair, os conselheiros todos insistiram que eu recorresse porque eu tinha grandes chances de ganhar, já que a composição da bancada hoje era contrária a mim, mas o Tribunal Pleno (que julga o recurso) é bem dividido nesse sentido. Mal sabem eles que eu já tinha ganhado tudo o que precisava... Saí de lá muito mais vitoriosa do que se eles tivessem, simplesmente, aceitado o meu pedido.

A segunda excelente notícia é que conseguimos confirmar a viagem que vamos fazer nos próximos dias. Apareceu um evento para o marido em Londres e como se trata da minha cidade querida, idolatrada, salve, salve, eu já me incluí na aba. Só que eu tinha emitido a passagem pra mim e a empresa dele não tinha emitido pra ele, então estava tudo no ar. Hoje, finalmente, confirmaram a ida dele e nós vamos passar quinze dias lá, começando nesse próximo sábado. Vai ser ótimo!!! Vai ter o evento e eu vou ficar meio sozinha uns dias, mas, depois, vamos ficar uma semana de férias por lá. Muito legal!!! Vou poder rever lugares que conheci há 10 anos, dar uma treinada no inglês e passar 14 dias ouvindo aquele sotaque maravilhoso que eu amo!!!

E a notícia mais esperada de todos chegou pelos Correios... O pedido dos passaportes está, enfim, em nossas mãos. Justo hoje, o dia em que ouvi de alguém que eu tenho vocação para advogar e, ironicamente, que eu não posso fazer isso aqui. Tudo bem, tudo bem, eu faço isso lá!!!

Só vamos poder enviar os passaportes na volta da viagem, então o visto ainda demora mais um pouco. Mas agora é só esperar o tempo passar mesmo porque ele virá e nós vamos em setembro para essa nova vida. E nada como um dia após o outro.

Monday, May 5, 2008

Fila andando...

A primeira fila que está andando é a minha lista de coisas a fazer. O mais urgente, que eram os agradecimentos, estão prontos e coloquei hoje nos Correios. Agora é só terminar de entregar pro pessoal que a gente vai encontrar ao longo dessa semana. As fotos do casamento eu já selecionei quase tudo. Só que ainda vou ter que selecionar o selecionado, já que tenho umas 260 escolhidas e preciso reduzir esse número para 100. Considerando que parti de umas mil, agora vai ser moleza :) rs! O restante ainda falta, mas uma hora chegamos lá.

A outra fila que está andando é a do pedido dos passaportes. Ainda não chegou a nossa vez, mas vi hoje no grupo do Yahoo que o Augusto recebeu a cartinha dele no dia 1º. E os exames dele foram recebidos em Trinidad e Tobago junto com os nossos, no dia 22 de abril. É, deve chegar a qualquer momento.

Por enquanto, estou às voltas com os afazeres atrasados e com uma possível viagem que seria esse sábado, mas que ainda não foi confirmada, apesar de eu já ter comprado a passagem. Enquanto isso, alguns pensamentos indesejados andam povoando minha cabecinha.

Eu não sei dizer se é essa espera absurdamente longa (apesar de não ser tão longa assim comparada a outros países) e o desânimo que ela traz, se é medo ou preguiça, se é a proximidade da concretização de tudo, se é esse distanciamento momentâneo de coisas relativas ao Canadá ou se é mesmo a idade (são só 25 anos, mas já pesam - rs), mas tenho tido "second thoughts" (e o marido está proibido de ler esse post a partir desse ponto, pelo menos).

Parece que está caindo a ficha dessa "loucura" toda, que vamos abrir mão de uma vida financeiramente estável e emocionalmente equilibrada por um grande ponto de interrogação. Vamos conseguir emprego? Vou conseguir estudar de novo? Mesmo com emprego, vamos nos adaptar? Será que o inverno é terrível? Quando o neném virá se formos? Aqui, nós temos nosso apartamento, nossos empregos. Tudo bem que não estou fazendo exatamente o que gostaria, mas se o plano fosse ficar, seria questão de tempo até eu conseguir outra coisa melhor. Isso porque eu tenho absoluta confiança de que, por aqui, eu tenho competência para conseguir o que quero. Mas por lá...

Tem vezes que me pego pensando que "até que aqui não está tão ruim assim" e fico sem saber se estou assim porque me afastei das mazelas locais, pois sempre penso "ai, ainda bem que em setembro estarei no Canadá"!. Pode ser também consequência de eu ter parado de ler notícias ruins. Ou, talvez, a gente esteja cada vez mais dentro da nossa própria bolha, só saindo de casa o mínimo possível e com tudo calculado para garantir nossa segurança (não andamos de madrugada por aí, não vamos a lugares mais famosos pela violência,...). Tudo o que fazemos é assistir DVD em casa, receber amigos ou ir a casa de amigos. Sair, sair, só em restaurantes e isso tem diminuído cada vez mais. A última possibilidade é a que realmente me preocupa. É possível que eu esteja me acostumando com a insegurança e que tenha aceitado essa realidade na minha vida. E isso eu não quero, de jeito nenhum, nem pra mim, nem pros meus filhos.

O maior sentimento que tenho, no momento, é uma preguiça enorme de começar do zero. De deixar tudo aqui, operacionalizar toda a mudança e começar lá. Língua, estudo, casa, trabalho,... quando nossa vida chegará, novamente, à "calmaria" atual de novo? Se é que, algum dia, vai chegar. Além disso, tem o medo de dar errado e ter que recomeçar tudo por aqui! Sei que, eventualmente, a gente se reestruturaria, mas o caminho até lá seria exaustivo.

Enfim, alguém no mesmo barco? Confesso que tenho até vergonha de escrever isso... Shame on me! Se tudo der certo, esses pensamentos vão passar junto com essa fase preguiçosa e vou voltar com disposição pra mim e, de sobra, pro marido.

Monday, April 28, 2008

Exames entregues!

Passando aqui só para dar notícia do processo. Liguei hoje para o médico e peguei o número da encomenda. Nossos exames foram entregues no dia 22 de abril e dá até pra ver a assinatura digitalizada da pessoa que recebeu!!!

Está cada vez mais perto... Semana passada, uma menina recebeu o pedido dos passaportes, dez dias depois do recebimento dos exames lá. Se acontecesse o mesmo conosco, receberíamos a carta dia 02, ou seja, nessa próxima sexta-feira. Mas quinta é feriado, então, vamos controlar a ansiedade...

Estou, lentamente, dando conta das coisas por aqui.

Inté!

Friday, April 18, 2008

A Saga da Assinatura do Radiologista

Como vocês sabem, fizemos os exames no último sábado. Junto com o pedido, o Dr. Alexandru nos entregou dois formulários. Um relativo ao exame de sangue que deve ser carimbado pelo laboratório e outro relativo ao raio-x que deve ser carimbado e assinado pelo radiologista. Fizemos os exames no Bronstein. Os carimbos do laboratório foram fáceis de conseguir, mas a assinatura do radiologista... haja paciência!

A radiologista que estava presente no dia do exame não quis assinar porque disse que já tinha feito isso antes e era a técnica quem tinha que fazê-lo. Por sua vez, a técnica estava sem carimbo e pediu para procurarmos o técnico que estivesse por lá no dia em que fôssemos pegar os laudos. Eu expliquei que o médico disse para o radiologista assinar, mas a médica, que sequer se dignou a falar conosco pessoalmente, insistiu que essa não era a forma correta. Entendemos que, na verdade, ela estava se esquivando de assinar e resolvemos procurar o radiologista no dia da entrega do resultado.

Isso foi na terça. Ao chegar lá, a técnica me reconheceu e pegou os formulários para a radiologista assinar. Era a mesma dita cuja que estava lá. Daqui a pouco volta a técnica dizendo que a radiologista não pode assinar porque não foi ela quem fez o laudo. Eu disse que não tinha problema e que ela podia ver tanto a radiografia quanto o laudo, já que estava tudo lá. Não teve jeito, a mulher se recusou. A técnica pediu para eu aguardar porque o médico que tinha feito o laudo tinha saído, mas devia voltar. Aguardei mais de 40 minutos até que um outro técnico dissesse que o médico tinha chegado (devem ter uma entrada especial porque ninguém passou por mim). Entreguei os formulários e os exames a ele, explicando que nem precisava preencher, que era só ele assinar e carimbar "aqui e aqui". Um tempo depois volta o técnico dizendo que o médico quis preencher e que na primeira folha foi ele, técnico, que assintou. Realmente, era o que era pedido no formulário (que o técnico assinasse), mas o Dr. Alexandru foi bem claro ao dizer que o radiologista devia assinar nos dois lugares.

Acabei levando daquele jeito mesmo. Acho que dará tudo certo, mas impressionante o medo do povo em assinar alguma coisa. E, pior, como eles devem se achar superiores. Não consegui ver nenhum dos radiologistas. Enfim, não recomendo o Bronstein como primeira opção. Funciona, mas o negócio é enrolado.

No dia seguinte, levei os exames para o Dr. Alexandru e voltamos para a nossa conhecida posição de aguardar, aguardar, aguardar. Saí de lá e fui buscar meu passaporte novo, de capa azul (não gostei!). Aliás, o passaporte ficou pronto em menos de uma semana. Valeu a espera pelo agendamento.

Ausência justificada

Queridos,

venho aqui só para justificar minha ausência esses dias. Acontece que tenho algumas coisas bem trabalhosas para fazer que não estão relacionadas ao Canadá. Acabei resolvendo dar um tempo aqui (e me controlar na leitura e comentários dos blogs por aí) para me dedicar a essas outras tarefas e depois voltar sem a preocupação de estar deixando de fazer essas outras coisas. Temos um super feriado à frente e espero dar conta de boa parte de tudo até o final da semana que vem. Enquanto isso, virei aqui só se tiver algo muito importante para escrever ou se algo acontecer no processo.

Eis a minha "to do list", que terá que estar zerada antes de eu voltar a blogar (é mais pra meu controle. Cada vez que eu entrar aqui vou lembrar do que falta!):

- Fazer e remeter os agradecimentos dos presentes (e das presenças) de casamento. Vamos fazer três meses de casados amanhã e ainda não demos conta disso. É urgente!

- Selecionar as fotos do casamento e enviar para o fotógrafo fazer o álbum.

- Selecionar as fotos do book pré-casamento também para o fotógrafo fazer o álbum.

- Fazer o fotolivro da lua de mel (pelo menos as fotos já estão selecionadas e tratadas).

- Fazer o fotolivro do batizado da minha priminha (foi em novembro e eu prometi dar de presente, já que não tinha fotógrafo. Só falta escrever e mandar imprimir!).

Bom, é isso! See you!



--
http://www.folhadocanada.com

Sunday, April 13, 2008

Progredindo

Ontem, fomos fazer os exames solicitados no laboratório Bronstein, em Copacabana. O negócio lá é meio enrolado, mas, pelo menos, dá pra fazer tudo no mesmo lugar, com cobertura do plano de saúde. Só faltou a assinatura e o carimbo da radiologista que vou tentar conseguir no dia que for buscar os resultados.

Os exames, aliás, foram, mais uma vez, responsáveis pela minha foto do dia lá no Projeto 365 Dias do Flickr. Eis minha foto:



Mais tarde fomos a mais um encontro do pessoal do Rio. E, mais uma vez, foi muito legal. Preciso agredecer a presença de todos, porque é graças a cada um dos presentes que o encontro fica interessante. Agradecer, claro, nossa anfitriã, que se dispôs a nos receber. E, claro, agradecer à carona dada pelos vizinhos Andréa e Eduardo. Thanks!

O encontro de ontem foi bastante produtivo para nós. Primeiro, decidimos que vamos correr atrás para abrir uma conta no HSBC aqui e lá, para já ir construindo um histórico de crédito e, melhor, facilitar o envio de valores para lá. Ao que tudo indica, é feito como uma simples tranferência bancária. Segundo, o marido decidiu fazer o curso e tirar a certificação PMP. Ontem, ao longo de uma conversa, nos tocamos de como isso é importante. E, realmente, nas últimas pesquisas que fizemos por empregos essa semana constatamos que vérios pedem a certificação, se não como requisito, como uma vantagem. Aliás, ontem mesmo, lá no encontro, o marido pesquisou pelo IPhone as possibilidades de curso aqui no Rio e parece até que já escolheu! Muito legal! Até eu estou pensando em fazer, mas acho que não vale tanto a pena, já que não tenho qualquer experiência na área.

Outra coisa que também foi bastante produtiva para o marido foi a campanha de Andréa e companhia para não levarmos os cachorros! Eles ficaram dizendo o quão complicado isso será, seja em Halifax ou em qualquer outro lugar, que é só aumentar a dificuldade. O marido adorou, já que ele acha loucura tentar levar os quatro. Já eu, continuo achando que não é bem uma opção, já que os cães são responsabilidade minha e não dá para, simplesmente, me livrar deles. Eu sei que será um problema, mas não entendo como um problema opcional. É uma questão que terá que ser resolvida e pronto.

Por fim, fiz uma anotação mental em pesquisar mais informações sobre a declaração de saída definitiva feita à Receita Federal. Preciso descobrir se é possível manter uma conta corrente no país mesmo após ter feito tal declaração e se essa declaração é mesmo necessária, já que, pelo que sei, Brasil e Canadá possuem um acordo de não bitributação, que seria o grande problema de não fazê-la. Para quem não sabe, se você não faz essa declaração, deverá pagar imposto, aqui no Brasil, por todo valor recebido, mesmo no exterior. Ou seja, quando estivéssemos empregados no Canadá, teríamos que pagar os impostos de lá e, na declaração anual daqui (que é preciso continuar fazendo quando não se faz a declaração de saída definitiva), pagar os impostos daqui. Sem chance, já que a carga tributária já é grande em cada um dos países, ter o dinheiro comido pelas duas é inviável. Mais um item, então, para minha lista de pesquisas.

Friday, April 11, 2008

Angústia

Sabe quando você tem tanta coisa pra fazer que bate aquele desânimo de começar? Isso acontece muito comigo quando vou arrumar a casa, por exemplo. Olho em volta e é tanta coisa pra colocar no lugar, mas tanta coisa, que penso que nunca vou conseguir deixar tudo como eu quero mesmo e que, talvez, nem valha a pena começar. A sorte é que tem dias que eu acordo com bicho carpinteiro e saio arrumando tudo o que vejo pela frente, sem pensar se vou dar conta de tudo ou não.

O fato é que estou me sentindo meio assim em relação à imigração para o Canadá. É tanta coisa para pensar, para refletir, decidir, ponderar, tanta coisa que não deve ser esquecida, que deve ser planejada, pensada, que a sensação é que jamais darei (ou daremos) conta. Normalmente, segue-se a esse pensamento a jornada que temos pela frente até chegarmos ao ponto de equilíbrio financeiro que temos hoje novamente. Vai ser um caminho e tanto, sem a certeza de sucesso no final.

Talvez se o marido demonstrasse maior envolvimento no processo e eu me sentisse menos sozinha nesse barco, nadando contra a corrente, essa sensação fosse diminuída. Sumir acho que só acontecerá quando as coisas forem acontecendo e a gente for dando conta das pedras no caminho.

Com todas as pesquisas que já fiz, eu pelo menos sei as minhas opções quando chegar por lá. Apesar de não ter a menor idéia de como vou fazer para dar conta de conciliar tudo, já tenho alguma idéia do que preciso fazer. Sei que só vou conseguir emprego em "survival job" mesmo ou, na melhor das hipóteses, com muita sorte, ser uma "administrative clerk" ou, sonhando mais alto, uma "legal secretary", que é basicamente o que faço aqui. Enquanto trabalho em alguma dessas opções, vou ter que decidir entre fazer um curso de "Law Clerk/Paralegal" ou já começar a faculdade de Direito em "part-time". Isso tudo, claro, se eu não mudar de idéia até lá e resolver mesmo mudar de área, já que vou ter que começar do zero. Fora a língua, né? Eu tenho o curso completo da Cultura Inglesa. Foram 14 anos estudando inglês, mas não é a mesma coisa. Chegar lá e lidar com nativos, fazer o trabalho que eu faço aqui, por exemplo, em inglês, acho que eu mesma não me contrataria. Um dos meus fortes é revisar as peças, ler tudo com toda a atenção e questionar cada vírgula, hífen, parágrafo. Como fazer isso em inglês?

Já em relação ao marido, eu até já tentei pesquisar alguma coisa, mas como o trabalho que ele faz atualmente não tem um título definido, eu fico perdida, meio que procurando uma agulha no palheiro. Lá no fundo, trago uma esperança de, quem sabe, ele conseguir uma possibilidade ainda daqui, através de alguns poucos contatos (aliás, isso resolveria a grande angústia de resolver para onde vamos). Tenho confiança de que ele vai conseguir alguma coisa na área com muito mais facilidade do que eu, até porque ele está muito mais familiarizado com a língua. E aí, um dia, ele me pede ajuda sobre o mestrado e eu fico totalmente perdida nos sites das universidades, confundindo os conceitos de undergraduate, graduate studies, professional courses, etc. Fico ainda mais angustiada por não ter uma resposta na ponta da língua para dar a ele.

Junto a isso tudo, ainda tem esse sonho inexplicável de ter um filho - tá bom, marido, uma filha (inexplicável por ser tão antigo, forte e constante). E imaginar quando que isso, finalmente, será possível. Algumas pessoas me falar por aí que a vida é agora e que eu não devia ficar adiando e, às vezes, chego a concordar. Mas daí a razão vem e lembro que não faz sentido algum colocar esse plano em prática agora e todo o resto a perder por uma diferença de meses, ou ano, que seja. Penso que tudo já vai ser tão complicado que somar esse fator na operação dificultará ainda mais as coisas.

Enfim, é tanta coisa desconhecida, um caminho tão longo a ser trilhado... e angustiante não saber as respostas, desde o básico até o mais elaborado. Tenho desejado demais uma bola de cristal que me mostre o futuro dependendo das decisões que tomarmos. Mas não adianta. Ainda que papai-noel exista e me traga uma de presente, em dezembro várias dessas questões estarão sendo vividas na prática.

PS: Perdoem o desânimo, deve ser o tédio aqui no trabalho. Tomara que o bicho carpinteiro me acorde amanhã. :)

Thursday, April 10, 2008

Exames, passaporte... daqui a pouco serão as malas!

Nossa, hoje foi um dia produtivo! Depois de eu ter dado um pulo da cama às 6 da manhã pensando que já estávamos atrasados para o médico, marcado para às 09:30, levantamos na hora apropriada e lá fomos nós, com os formulários - em francês (!!!) - embaixo dos braços e as fotos 3X4.

Chegando lá, o médico, Dr. Alexandru, mesmo nos atendeu e encaminhou para o consultório. Sentamos e ele perguntou se era visto de trabalho, estudante, etc. Respondemos e ele comentou que vários casais foram lá essa semana também para o visto de imigração. Nós explicamos que o Consulado costuma liberar os pedidos ao mesmo tempo, por isso o aumento da demanda de uma hora pra outra.

A consulta mesmo é tranquilíssima. Ele checa sua altura, peso e pressão. Ouve a respiração e o coração. Verifica glândulas, barriga e olhou alguma coisa no tornozelo (talvez pra ver se estavam inchados, sei lá). Pergunta sobre medicamentos que você faz uso, a quais cirurgias já foi submetido (eu tinha uma pequena lista...), se já teve algum problema respiratório e pronto. Ele entrega o pedido do exame de urina (EAS, bem simples), de sangue (sífilis e HIV) e radiografia do tórax (acho que essa é a maior preocupação do governo canadense). Entrega também os formulários que devem ser assinados e carimbados pelo radiologista. Pagamos R$ 200,00 pela consulta cada um e marcamos o restante dos exames num laboratório conveniado com o nosso plano de saúde.

O engraçado foi que estávamos um pouco tensos com a pressão do Julio. Há uns meses, durante uma consulta, o médico dele mediu uma pressão bem alta. Só que ele nunca teve problema com isso antes, mas o médico se assustou e pediu uma série de exames. Daí, estávamos apreensivos. A minha pressão, pelo contrário, costuma ser 11 X 7 e, vira e mexe, eu estou "apagando" por aí. Eis que hoje a pressão do Julio estava no clássico 12 X 8 e, a minha, 13 X 8. Não chega a ser problema, mas foi muito estranho... Comentei com o médico que minha pressão é sempre baixa e ele disse que deve ser a "síndrome do jaleco" (as pessoas ficam nervosas no consultório e a pressão sobe). Aliás, o médico do Julio fez o mesmo comentário... Acho que eles nunca ouviram falar na "síndrome do Canadá"! Depois de mais de 16 meses aguardando por isso, acho que a culpa é do país e não do jaleco - rs.

Bom, para resumir, depois eu ainda fui tirar o passaporte para alterar pro nome de casada. Não tenho muito a dizer só que, apesar de estar demorado para conseguir agendar no site da Polícia Federal, uma vez agendado, é tudo muito simples. Os atendimentos são feitos na hora e é tudo bem rápido. Nem precisa de cópia de nada, nem de foto. Você mostra os documentos, tira a foto, coloca as impressões digitais pelo scanner e acabou. É só voltar lá pra buscar. Aliás, isso também ficou um pouco mais demorado, já que o meu só vai ficar pronto no dia 24.

Enfim, os exames complementares marcamos para sábado e, quando ficarem prontos, deixamos lá no Dr. Alexandru para que ele envie a Trinidad e Tobago (mais R$ 70,00 pelo sedex). É... parece que o visto está quase aí. Tem horas que dá alívio, mas daí penso que isso é só o começo, que o desafio, mesmo, ainda nem começou.

Hoje...

Passando aqui rapidinho só para dizer que estamos agora indo ao médico e, depois, ainda vou tirar o passaporte para colocar o nome de casada. Será um dia cheio! Quando der, escreve aqui sobre o exame.

Desde já, queria agradecer a todos os comentários deixados no post anterior e dizer que vou fazer contato com vocês para pegar mais dicas :) Estamos meio perdidos no assunto...

Tuesday, April 8, 2008

Mestrado no Canadá

Ontem, o marido chegou em casa com uma nova idéia: fazer mestrado no Canadá. Parece que dura um ano e, ao final, imaginamos que seja mais fácil conseguir um emprego na área, já que ele terá uma educação conhecida pelos canadenses. Só que, óbvio, nada é tão simples assim.

Se fosse possível conseguir uma bolsa boa o suficiente para substituir um salário, mesmo que de um "survival job", seria ótimo, mas, pelo que sei, não é o caso. Sendo assim, ele teria que trabalhar enquanto faz o mestrado. Aliás, a idéia do mestrado, segundo ele, é forçá-lo a não se acomodar, caso só encontre um "survival job" no início. Durante esse período ele estaria se preparando para algo melhor.

Para se inscrever num mestrado, é preciso apresentar uma série de documentos e eu pesquisei muito pouco sobre isso. O que sei é que será necessário o programa das disciplinas cursadas na faculdade aqui no Brasil. E, claro, isso deverá ser devidamente traduzido. Aliás, essa tradução só tem valor se feita por lá mesmo, né? Se eu estiver enganada, por favor, me avisem. Eu vejo algumas pessoas fazendo traduções juramentadas por aqui, mas já li em alguns lugares que só aceitam tradutores de lá. Além disso, será necessário comprovar o inglês com alguma prova reconhecida pela universidade pretendida.

Outra questão é o periodo para aplicação, que costuma ir até março para o ano letivo que começa em setembro. Ou seja, nós pretendemos chegar ao Canadá em setembro, com as aulas começando, mas, em regra, teremos que esperar até abrir o período de inscrições para o ano seguinte. Quanto às bolsas de estudo (para pagar o curso e para o sustento do estudante), não faço a menor idéia do caminho das pedras, nem se o valor delas é razoável. Se alguém tiver alguma luz, please, help!

Já eu, continuo na mesma indecisão entre fazer o curso de Law Clerk/Paralegal ou já entrar para a Faculdade de Direito. Somando-se a qualquer uma das opções o projeto de ter filho, que não estou mais disposta a adiar, e a necessidade de produzir algum dinheiro. Não vai ser fácil, mas isso é assunto para outro post.

Monday, April 7, 2008

Desejos Incompatíveis II

"Vai chover de novo
Deu na TV que o povo
Já se cansou
De tanto o céu desabar"

Antes de entrar no assunto do post, explico que estive ausente esses últimos dias porque o marido voltou e, claro, passei o final de semana curtindo a presença dele por aqui, no friozinho (quer dizer, o "frio" que faz aqui no Rio, né?), aproveitando a preguiça permitida do final de semana. Esse final de semana só me mantive fiel ao Projeto 365 days do Flickr.

Continuando o primeiro post sobre desejos incompatíveis, outra questão pra mim é o clima. É claro que o inverno canadense é o que assusta 99,99% dos imigrantes, pelo menos os vindos de terras tão tropicais quanto a nossa.

Ok, o inverno é frio, mas, ainda assim, as temperatuas variam de cidade para cidade. E não me venham com essa história de que abaixo de zero é tudo igual porque eu duvido muito que seja. Já estive a -10ºC (nem sei se chegou a -15ºC) e a -2ºC e o frio não é a mesma coisa coisíssima nenhuma!

Pelo que pude perceber, Alberta é uma província com temperaturas bem baixas, chegou a registrar sensação térmica de -50ºC esse ano! Enquanto isso, é famosa pelo céu azul, que, apesar de prometer dia ainda mais frio, garante uma luz no fim do túnel congelante que é o inverno. Ontário parece ter uma variação maior entre as cidades, já que, pelo que observo à distância, Ottawa é mais fria que Toronto. Quebec é mais fria que Ontário, mas não sei se chega aos mesmos níveis de Alberta. Já British Columbia tem temperaturas bem mais amenas, mas Vancouver, apesar de ir pouco abaixo de zero, é famosa pelas chuvas constantes. Halifax, segundo os sites de meterologia, não chega a extremos tão baixos quanto Toronto, mas faz temperaturas negativas por mais tempo.

E tudo começa a ser relativo, ainda mais quando se está de longe. Por exemplo, pelos números, chove praticamente igual aqui no Rio e em Vancouver. E o Rio não é conhecido por suas chuvas. Ou seja, chove mesmo muito lá ou é o povo que não está acostumado? Quem está em Toronto, diz que Halifax é mais fria, e vice-versa. Já vi gente em Calgary dizendo que em Quebec faz mais frio! Faz mesmo? O céu azul compensa o frio mais intenso? O fog de Halifax chega a deprimir? E a quantidade de neve? Onde é maior?

Pior, aqui no Rio eu não vou à praia há uns 5 anos, ou mais. E, quando me vejo pensando em ir pra Halifax, me pergunto se é possível entrar na água nas praias que têm por lá. Por que, do nada, isso passa a ser importante? Será que já estou pensando em compensar o inverno? Por exemplo, detesto o calor infernal aqui do Rio e, quando estive em Toronto, não gostei dos 40ºC que peguei por lá. Mas será que depois de tanta neve eu não vou adorar torrar ao sol? Humm... Em Halifax, pelas médias, dificilmente a temperatura chega a 30ºC. Normalmente, veria isso como uma boa característica, já que considero 23ºC a temperatura ideal, mas agora já estou achando que posso acabar sentindo falta de sentir calor!

Ser ou não ser, eis a questão!

Bom, só pro pessoal não ficar perdido, estou fazendo uma tabela com alguns números retirados de sites de meteorologia. Assim que terminar posto aqui.

Wednesday, April 2, 2008

Dando uma de canadense...

Sexta-feira, finalmente, chegou aqui em casa um móvel que tínhamos comprado pra colocar no banheiro. Com esse projeto do Canadá, fico morrendo de pena de gastar dinheiro com coisas da casa e depois deixar tudo para trás, mas tem coisas que acaba implicando na nossa qualidade de vida por aqui mesmo e temos que viver o hoje, né? Não tínhamos um lugar para guardar as coisas de banheiro e aquilo vinha me irritando, até que resolvi comprar m carrinho bem barato na internet. Não é lá essas coisas, mas até setembro quebra o galho.

E eis que a entrega é feita justo na sexta-feira que o marido viajou... Mas eu queria montar logo, então, pus mãos à obra no sábado. Logo que peguei as instruções de montagem desanimei com a informação de que seriam necessárias duas pessoas. Bom, o pior que podia acontecer era eu me enrolar toda e ter que chamar algum amigo pra me resgatar. Era um bom treino, já que a famosa canadense IKEA é conhecida pelos produtos baratos e que você mesmo monta (Se bem que não tem Ikea em Halifax...).

Com isso tudo, tirei algumas conclusões:
1 - Eu valho por duas, já que consegui montar o móvel sozinha sem problemas...
2 - Nunca, jamais, ainda mais se você for mulher, tente fazer isso em casa sem uma aparafusadeira (no meu caso, usei nossa furadeira que funciona do mesmo jeito).
3 - Respeite as instruções de montagem e forre o chão com algum material que não danifique as madeiras.
4 - Organize as peças de montagem na ordem que elas são apresentadas, pois fica mais fácil saber o que é a peça "1", "2",...
5 - Siga as instruções de montagem, mas, cuidado, nem sempre elas são fiéis à realidade.
6 - Nem sempre a ordem de montagem apresentada é a melhor saída.
7 - Não tenha pressa.
8 - Eu quero uma câmera com intervalometer!!!! (Essas fotos só foram tiradas porque a câmera estava ligada no computador, já que eu acabei descobrindo que o software que acompanha a dita cuja dá essa possibilidade. Mas convenhamos que não dá pra ser muito criativo no espaço de um cabo USB, né?)
9 - O marido faz falta, mas até que me virei bem sozinha.

Tuesday, April 1, 2008

Você já tem o seu geek?

Depois de toda a alegria que a cartinha trouxe, hoje me deparo com outro motivo para sorrir: meu marido está na moda! Não, ele não resolveu ser estilista de uma hora pra outra, nem mudar todo o guarda roupa, mas é que eu li uma coluna no jornal Metro que diz que, agora, "geek é chic".

Orgulhosamente, meu marido é um geek, de carteirinha, se isso fosse possível (Aliás, acho que eu também sou.). Meu marido é tão geek, mas tão geek, que está em Seattle para um evento sobre blogs, e isso é o trabalho dele (Ai, que coisa chata!). Nós dois podemos nos incluir nessa categoria, já que somos tarados por quase qualquer eletrônico que apareça na nossa frente (tá, eu não tenho um Ipod, mas ainda assim...).

Só para explicar para quem não sabe, o "geek" de hoje nada mais é do que o "nerd" de outros tempos. Estar na moda ser "geek" é muito estranho, porque, enquanto crescia, ser chamada de "quatro-olho" e nerd não era bem o que eu gostaria. Um dia, chegaram a me perguntar se eu era desse planeta, só porque eu respondi a uma pergunta da professora de química! Ser nerd era ser ignorado no mundo dos nerds, ou dos "internéticos", como também já fui chamada. Mas hoje, não, hoje nós estamos na moda!

A coluna, na verdade, diz que é bom namorar um geek. E dá motivos: eles lembram datas e são fiéis. Eu posso assinar embaixo. O marido pode não lembrar tudo o que falou, mas lembra das datas sempre e, até onde eu sei, tem sido fiel. E tem outras vantagens... acho que, de maneira geral, são pessoas carinhosas (claro, sempre que eles conseguem dispensar a atenção dada aos video games para você) e tem sempre um brinquedinho novo pra você brincar (se você também for geek, claro). Antes de ele viajar, por exemplo, eu estava, diariamente, brincando com o Nintendo DS. Mas aí ele foi e levou o brinquedinho novo com ele. Sempre sabe de algum programa novo, que é capaz de fazer isso ou aquilo. Nossa casa é um verdadeiro parque de diversões, até helicóptero de controle remoto tem!

E tem outra coisa que um geek faz: falta!!! Digo por experiência própria, o marido está fazendo muita falta por aqui essa semana. Ontem, caso ele estivesse aqui, provavelmente, teríamos ido jantar no japonês pra comemorar. E eu teria tirado foto de nós dois com a carta, teria pulado em cima dele de alegria, teria ficado cantando minhas músicas infantis (eu sou meio bobona de vez em quando, mas é só de vez em quando).

Bom, se você não tem um geek pra chamar de seu e está indo pro Canadá sozinha, eu recomendo os sites de relacionamento citados na matéria, o Sweet on Geeks e o Geek 2 Geek. Não que eu tenha experimentado esses, mas o Par Perfeito, nacional, funcionou pra nós dois. E eu vou querer ser madrinha do casamento!

Você pode até não saber ainda, mas um geek faz uma falta em casa...

"Veja bem, meu bem, sinto te informar
que arranjei alguém pra me confortar.
Este alguém está quando você sai
e eu só posso crer, pois sem ter você, nestes braços tais.

Veja bem, amor, onde esta você?
Viajar sem mim, me deixar assim...
Tive que arranjar alguém pra passar os dias ruins.

Se eu te troquei, não foi por maldade...
Amor, veja bem, arranjei alguém chamado saudade"

Monday, March 31, 2008

Timeline

16/10/2006 - Envio de formulário ao Consulado Canadense
18/10/2006 - Confirmação do início do processo (eu achava que era 31...)
15/02/2007 - Solicitação dos documentos
18/05/2007 - Envio dos documentos
31/03/2008 - Solicitação dos exames médicos (ÊÊÊÊÊ!!!)

Até agora, foram 518 dias de espera.

Já marquei os exames pro dia 10 de abril, pela manhã... Tinha vaga até pra essa semana, mas com o marido viajando não adianta!

Agora estou com medo de que algo saia errado com os exames. Esse processo mexe demais com a gente! Sempre estamos apreensivos com alguma coisa!

Vai dar tudo certo, né?

Quero agradecer a torcida de todo mundo que está sempre aqui acompanhando. Também fico pelos blogs por aí torcendo pra que dê tudo certo e sei que esse sentimento é genuíno. Thanks! Means a lot!

Uma imagem vale mais que mil palavras...

Aimeudeus!!!

Depois eu volto pra escrever direito, porque agora eu tenho que fazer várias ligações...

Mas adivinha só o que chegou?????

UHU!!!!

:D

Friday, March 28, 2008

OFF TOPIC: Desabafo: eu odeio a Canon!!!

Queridos,

eis que esta blogueira solitária resolve se dirvertir tirando fotos, mas, ao mesmo tempo, precisa realizar seus afazeres domésticos. Resolvi fazer os dois juntos, afinal, fotografias não posadas de momentos que, normalmente, não se fotografa, podem surpreender. Pego minha câmera, uma Canon S5 IS (que comprei em novembro pra substituir a S3 Is, mais antiga), e o tripé. Quando vou programar o "intervalometer" (um modo que fotografa como se fosse um timer, mas em intervalos. Por exemplo, a câmera tira três fotos a cada 15 minutos ou uma hora), não acho o modo no menu. Vou atrás do manual, vejo o índice, dou uma folheada, nada. Pesquiso na internet e, enfim, descubro: não existe essa função na S5 IS!!!

Até aí tudo bem, poucas câmeras compactas possuem essa possibilidade, mas a S3 tinha e eu adorava!!! Foi com essa função que eu fotografei minhas orquídeas abrindo e é com ela que eu tenho várias idéias. A Canon simplesmente tira a funcionalidade da câmera sucessora, sem fazer qualquer aviso ou, sequer, incluir nas perguntas do suporte no site. Uma enganação.

Agora, aproveitando que o marido está em Seattle, quero trocar de câmera ontem! Portanto, aceito sugestões. Acho que ainda não está na hora de ter uma reflex, já que ainda tenho muito o que aprender e o marido tem uma. Eu quero uma super zoom, com uma ótima lente e que tenha intervalometer! Estou até vendo se encontro alguma assim que tenha controle remoto. Alguma indicação?

Ah, sim, claro, não pode ser Canon! Essa marca nunca mais!

Apagão pelo meio ambiente

Todo mundo já deve estar sabendo porque eu mesma já li em alguns blogs por aí, fora que agora já estão aparecendo notícias nos jornais daqui do Brasil, mas não custa reforçar. Amanhã, às 20h (horário de Brasília), acontecerá o Earth Hour, um evento organizado pela WWF, para demonstrar que não estamos satisfeitos com o que vem acontecendo em relação ao aquecimento global.

Eu estava toda animada para participar, mas daí lembrei que estarei sozinha, já que o marido viaja hoje. Ficar sozinha, sábado à noite, em casa e no escuro (sem computador!) é dose. Mas daí eu tive uma luz! (Ok, desculpa o trocadilho...) Eu já estava mesmo querendo começar a fazer o projeto 365 dias que anda na moda no Flickr. Quem adere deve tirar um auto-retrato por dia, durante 365 dias e colocar a foto lá no Flickr.

Daí, vou aproveitar essa hora de calmaria, com tudo apagado, para acender umas velas, colocar minha câmera querida no tripé, lançar mão do meu flash (ou não) e me divertir uma hora tirando foto. Quem sabe assim, dessa forma inusitada, eu tire umas fotos mais criativas, mais perto do que eu costumo ver do pessoal que já está no projeto.

Quem quiser participar do evento e mostrar pro mundo que se preocupa com o meio ambiente, pode entrar em http://www.earthhour.org/ . Tem até contagem regressiva!

Thursday, March 27, 2008

O que é segurança para um canadense

Quando estivemos no Canadá em 2006 (como o tempo passa rápido!), pudemos ter a nítida impressão de como os canadenses se sentem seguros no lugar em que estão, de uma ponta a outra do país (quer dizer, nosso ponto mais a lesta foi Montreal e exist mais país além dali). Bom, quem já assistiu ao filme Fahrenheit 9/11 teve uma idéia disso, ao ver as portas destrancadas e a tranquilidade do canadense.

Nós temos nossas próprias histórias para contar. A primeira delas aconteceu em North Vancouver, quando fomos visitar a Capilano Bridge e a Grouse Moutain. Já na nossa primeira parada, quando estávamos passando pelo estacionamento, nos deparamos com uma placa que dizia, em letras grandes e vermelhas: "Vamos diminuir a violência. Colabore, tranque seu carro".

A grande medida de segurança deles é trancar o carro! E qual de nós por aqui já pensou em não fazer isso? Aliás, nossas medidas vão muito além disso, e ninguém precisa pedir, né? Por vontade própria, colocamos insul-film escuro no carro, tranca, alarme, além de estarmos sempre às voltas com uma nova forma de disfarçar o rádio. Lembro que quando eu tinha um carro porque usava para ir trabalhar tive o rádio roubado três vezes em menos de seis meses, quando, enfim, desisti de ter um.

A outra situação foi ainda mais interessante. Nós ficamos hospedados em Bed & Breakfast em quase todas as paradas. Para quem não sabe, são pessoas que recebem hóspedes em suas próprias casas. Em Kamloops, onde paramos no caminho para Banff, ficamos numa casa bem afastada da cidade (afastada mesmo!), que ficava à beira de um lago. O lugar era lindo, mas sem nenhuma segurança aparente.

Durante o jantar, ao longo da conversa com os donos da casa, um casal de senhores, estávamos falando de família e eu disse que meu pai ficava muito preocupado de eu estar ficando em casa de pessoas estranhas. Eu contei a eles que sempre dizia pro meu pai que os donos da casa que deviam ser cautelosos conosco, já que também éramos estranhos pra eles e, afinal, era a casa deles que estava sendo "invadida". Eles fizeram cara de interrogação e pediram pra eu me explicar melhor. Eu tentei explicar que nós tínhamos medo de receber pessoas estranhas em casa, afinal, ninguém sabe o que elas poderiam fazer. Daí, a senhora pareceu, finalmente, ter entendido e exclamou: "Ué, toalhas de hotéis são muito mais bonitas do que as minhas"! Como se o maior problema fosse alguém querer roubar as toalhas dela!!!

Diante disso, nós dois explicamos que essa não era a preocupação, mas, sim, de acontecer coisas mais graves, violentas.  E o comentário foi: "Ah, mas aí só se nos matassem porque a polícia chegaria antes de a pessoa chegar ao final da rua". O que ela estava querendo dizer é que teriam que matá-la para garantir que ela não chamaria a polícia. Para ela, jamais alguém a mataria. Ela falava e ria, como se fosse uma situação ridiculamente surreal.

Muito diferente da nossa mentalidade, não? Meu primeiro medo seria alguém me matar! E eles sequer cogitam isso. Além disso, é impressionante a confiança da sociedade na polícia, como eles se sentem protegidos. Essa relação, inclusive, nós percebemos com clareza em Ottawa. Os policiais brincavam com as pessoas, posavam para fotos, eram ídolos mesmo, sabe?

Igualzinho a nós... (E eu nem vou contar das duas vezes na minha vida que tive policiais apontando armas pra minha cabeça. Uma, inclusive, era um cerco, com carros por todos os lados, policiais e, claro, armas. Todas apontadas para mim!)

Aparência do blog

Vocês já devem ter percebido que, de uns dias para cá, a barra da direita aqui do blog não está carregando no lugar certo, está indo lá pra baixo, depois de todos os post em exibição. Eu não fiz nenhuma alteração que justificasse e ontem fiz vários testes (tipo diminuir o tamanho da barra, tirar a linha do tempo, tirar a foto do Flickr, etc) e nenhum resolveu o problema. Então, eu estou sem novas idéias.

Algum sugestão do que pode ser e como consertar?

Wednesday, March 26, 2008

E o que nós vamos fazer com o visto?

Essa é a dúvida do Edu, do Picolé Carioca (Pô, Edu, da próxima vez pergunta alguma coisa mais fácil, tipo, "como eu faço pra imigrar pro Canadá?" - rs!). Isso porque a gente já esteve conversando com ele e com a Andréa e eles já devem ter percebido a nossa, digamos, "incerteza".

Primeiro de tudo, nós dois queremos, sim, ir pro Canadá. Só que o marido e eu temos funcionamentos bem diferentes e nos dedicamos em profundidades diferentes aos nossos desejos. Enquanto eu mergulho fundo e sou ultra determinada, sempre me programando, ele é 100% racional (o que não significa que eu não seja, mas eu sou emocional também), muito menos ansioso e bem mais, digamos, prudente. É assim: se antes de dormir nós conversamos sobre, quem sabe, viajar no próximo feriado para não-sei-onde, no dia seguinte, ao meio-dia, eu já tenho os valores das passagens aéreas, algumas opções de pacotes e mando tudo para ele por e-mail para aprovar ou não. E quase tudo o que eu digo e combino, por mais corriqueiro que possa parecer, "I mean it", ou seja, eu estou falando sério e acreditando naquilo. Já ele, toma "decisões" que, na verdade, fazem parte das ponderações para saber se é aquilo mesmo ou não. Desde pequena, surpreendia meus pais com recortes do Balcão de produtos que eu queria, quando eles chegavam em casa, eu já tinha feito as ligações e anotado todos os detalhes ao lado dos anúncios (foi assim que eu consegui meus hamsters, cachorros, aquários, ...). Às vezes, eles sequer sabiam que eu estava pensando em ter um bichinho...

Em relação ao Canadá, não somos diferentes. Enquanto eu passo boas horas do meu dia pesquisando nossas opções, possibilidades de empregos, estudos, etc, ele raramente vê alguma coisa sobre isso. Nossa conversa à noite costuma ser eu falando o que descobri de novo sobre o país e ele pensando em trocar o rack lá de casa, ou falando da reunião que terá no dia seguinte. Quem vê deve até pensar que só eu quero ir, mas não é bem assim, ele também quer. Aliás, a idéia inicial foi dele, já que nunca tinha passado na minha cabeça sair do país para sempre.

Nossa grande questão, e o que deve ter despertado a dúvida do Edu, é quando ir (e, claro, pra onde ir). Por mim, eu já estaria me organizando para ir assim que o visto saísse. Já ele, esperaria bastante tempo para juntar mais dinheiro e ter mais certeza. No final do ano passado, quando estávamos conversando sobre engravidar (e quando), eu deixei a decisão nas mãos dele. E aí, ele pegou um papel e fez uma planilha (isso mesmo!), colocando as opções de data de ida, a perspectiva de quando conseguiríamos um emprego, quanto dinheiro teríamos até a ida para gastarmos até o primeiro salário canadense e, então, quando o neném viria. Depois de tudo analisado, ele decidiu que setembro era o "mês D" e que até lá poderíamos juntar mais um dinheiro para podermos ficar mais tranquilos em relação a uma possível demora para conseguir um emprego e aí, segundo a tabela, eu engravidaria em dezembro (quer dizer, começaríamos as tentativas), já em terra canadense, com ou sem emprego (Ok, essa última parte terá que ser revista mais pra frente, eu sei - mas não contem pra ele!).

Eu fico angustiada diante da possibilidade de setembro chegar e ele preferir esperar mais, mas tudo o que posso fazer é aguardar e passar confiança a ele. A maior questão pra o marido é o emprego, na verdade, o dinheiro. Ele topa ir pra outra área, até ser taxista ele disse que seria, mas fica preocupado de não conseguir ter dinheiro suficiente para ter tranquilidade financeira. Eu entendo, porque, afinal, ele tem muito a mais perder aqui do que eu. Ele está num ótimo emprego, fazendo o que gosta e numa empresa muito boa. Tem um bom salário, colegas de trabalho com quem ele se dá bem e ainda tem essas viagens a trabalho "chatas", tipo a que ele vai fazer essa semana para Seattle. Abrir mão disso por uma incerteza é um grande passo.

Já eu, sou funcionária pública estável, ou seja, posso pedir licença sem remuneração. Quer dizer, pelo que eu tenho visto, dificilmente vou conseguir essa licença, mas tenho direito a pleiteá-la. Meu salário é bom em comparação com outras pessoas, mas não é o salário que eu espero ter como um projeto de vida, já que meu cargo é nivel médio e não superior. Fora isso, eu detesto trabalhar aqui e não vejo a hora de sair.

Ir pro Canadá logo significa chegar logo ao "meu futuro". Começar logo a estudar o que tiver que estudar, melhorar a língua, me adaptar. Pra ele, ir pro Canadá logo significa deixar de ter a vida que ele quer ter (em questão de trabalho e dinheiro), tendo que voltar a batalhar pra tentar, quem sabe, chegar lá de novo. A minha batalha, aqui no Brasil, começaria agora (já que me formei há pouco tempo), mas foi suspensa tendo em vista os planos de imigração.

Ele já me garantiu quinhentas mil vezes que iremos em setembro. Então, sem mais delongas, eis a resposta para a pergunta do título:

"Quando o visto sair, vamos começar a procurar emprego pela internet. Se conseguirmos alguma coisa, ótimo, vamos pra onde for, a hora que tiver que ir. Não conseguindo, vamos em setembro e, ao que tudo indica, com destino a Halifax. E, se tudo correr bem, quem sabe - não custa sonhar -, o herdeiro será encomendado em dezembro".

(E aí está o nosso futuro em um parágrafo - rs!)

Monday, March 24, 2008

Bola fora pra Halifax?!

UFA! Nada como um feriado para deixar o blog desatualizado, as leituras atrasadas e uma pilha de processos na mesa do trabalho. E nada como muito chocolate para dar disposição e colocar tudo isso em dia. A mesa já está limpa, atualizo o blog agora e sigo para as leituras e comentários. Espero que todos tenham tido uma ótima Páscoa, repleta de ovos de chocolate!

Mas estou aqui para falar do Canadá...

Semana passada, o Jair mandou um e-mail para o grupo do Yahoo com o link de uma pesquisa sobre as cidades mais violentas do Canadá. Quase caí para trás quando vi que Halifax, minha nova queridinha, está entre as 10 primeiras mais violentas. E, pior, é a única desse grupo do lado leste. Todas as outras nove estão à oeste de Winnipeg.

Fiquei realmente assustada e levei um tempo para digerir a informação. Como pode uma cidade que eu tento me convencer que não é tão pequena nem tão pacata assim ser a décima mais violenta do país?

Mesmo os organizadores dessa pesquisa se assustaram com a presença de Halifax entre as primeiras posições. Um criminalista entrevistado atribuiu à questão a população jovem presente na cidade devido a todas as universidades, que seriam os maiores responsáveis pelos índices. Além disso, por ser uma cidade que recebe muitos turistas, seria mais difícil controlar o que, realmente, pertence à cidade. Ele também percebe um problema do governo, que investe em policiamento e em programas educativos para adolescentes, mas não dá tanta atenção para jovens adultos.

Ao mesmo tempo, encuquei tentando desvendar como pode a segunda melhor cidade para se viver ser uma das dez mais violentas. Halifax só ficou atrás de Ottawa numa pesquisa feita ano passado. Dá pra entender? Talvez seja porque a violência em Halifax, mesmo estando 71% acima da média do país seja pouca. Talvez seja localizada. Talvez, na verdade, os casos é que sejam mais registrados do que nas outras cidades, o que faz aumentar os números oficiais.

São duas informações, a meu ver, antagônicas. Ao mesmo tempo que uma desperta uma vontade de enorme de fazer na cidade meu próximo pouso, diante da outra dá vontade de correr dali, com medo de ser uma furada e uma situação que daqui a alguns anos já não estará tão distante da que estamos fugindo agora. Bom, isso já seria um exagero, né? Alguma luz?

Nota pós post: vale a pena conferir a reportagem que saiu no The Star sobre a pesquisa, mostrando como a mídia vem fazendo de Toronto uma cidade violenta, quando, na verdade, não é bem assim.






Wednesday, March 19, 2008

Série Coisas Que Eu Sentirei Saudade

Para manter o clima mais positivo no blog, vou tentar, sempre que postar um texto da série de coisas que eu não sentirei saudade, publicarei outro de alguma coisa que vai, sim, fazer falta.

E uma delas é da minha sessão semanal de drenagem linfática. Comecei a fazer no final do ano passado por conta do calor absurdo que vinha fazendo. Tenho algum problema de circulação (nada grave) que faz minhas pernas incharem em algumas situações, tipo ficar muito tempo em pé ou muito calor. Por indicação de uma conhecida, resolvi experimentar a drenagem linfática.

Vou dizer que não sei como fiquei tanto tempo sem essas santas sessões! Nunca mais senti aquele peso nas pernas ao chegar em casa, nem aquelas dores que me deixavam sem posição na hora de dormir. E, de quebra, ainda deu uma afinada na silhueta. Não que alguma mulher sonhe com isso, mas é sempre bom ver a barriga mais sequinha. :)

Vou ficar com muita saudade! (Se bem que calor é algo dá e passa rápido por lá, né?)

Série Coisas Que Eu Não Sentirei Saudade

A tia do marido que mora nos EUA está passando uma semana aqui no Brasil. Ontem, depois do trabalho, nos encontramos na casa da sogra para matarmos um pouco a saudade (e pegar as encomendas, que, por incrível que pareça, foram bem modestas dessa vez... quer dizer, eu não vou dizer que, além do PSP, Wii, Xbox velho e Xbox novo, o marido agora tem um Nintendo DS. Tudo que eu precisava!). O papo rolou e já era quase meia noite quando saímos de lá.

Já quase na esquina de casa, paramos no sinal e nos assustamos com uma sombra nos espelhos retrovisores (quando você é carioca, acostuma-se a "ficar ligado" nos espelhos quando pára no sinal, pelo menos é assim com a gente), um movimento estranho. Como de outras vezes que passamos por sustos ou mesmo quando fomos efetivamente assaltados, nos assustamos, mas não trocamos uma palavra até que o carro voltasse a andar. Daí, vimos que nós dois tínhamos nos assustado com a sombra, que, na verdade, era do carro de trás, que se aproximou mais do que o normal.

Moral da história: não vou sentir saudade de ter medo de sombras!

Tuesday, March 18, 2008

Desejos Incompatíveis I

"To achieve the impossible dream, try going to sleep".

Várias vezes me pego pensando quais são minhas prioridades para conseguir decidir o "pra onde vamos", "por quê vamos" e "será que devemos mesmo ir". Invariavelmente, chego a uma mesma conclusão: meus desejos são incompatíveis. Não só os desejos, mas as prioridades também. Existe a questão da segurança, do clima, da moradia, do emprego,... São tantas e tantas dúvidas que é melhor eu escrever um post para cada uma delas.

Posso começar pelos meus desejos de viver numa cidade grande, mas levar a vida num ritmo tranquilo de cidade pequena. Quero ter shoppings, restaurantes e shows à minha disposição, mas não quero trânsito, buzinas e prédios à minha volta. Aliás,  o conceito de morar em prédio pra mim é o fim do mundo. Pensem comigo, não parece desumano famílias morarem, literalmente, umas por cima das outras e por todos os lados?  Se eu ligo a TV num volume um pouquinho mais alto, o vizinho já sabe. Lá em casa, eu sei todas as vezes que o vizinho vai ao banheiro porque ouço a descarga e sei quanto tempo ele fica no banho, porque ouço a água. Ninguém me convence que isso é humano, aliás, nem animal, já que esses, naturalmente, vivem em florestas, campos, sempre com espaço.

Aliás, essa necessidade de vida mais calma foi o que me motivou a construir com meu pai uma casa em Vargem Pequena, onde eu morava até vir para o Flamengo com o Julio. Lá, eu saía do meu quarto e podia ver o céu bem em cima de mim. Tinha grama, plantas e bastante espaço pros meus "filhos". E era só pegar o carro que em quinze minutos eu estava na Barra, com shoppings, cinemas, restaurantes, shows, médicos, academias, escolas/faculdades, supermercados, tudo que alguém possa precisar. No Rio, foi lá que eu encontrei alguma paz (apesar de o trajeto até lá ser sempre uma preocupação).

Foi esse gosto pelas coisas da cidade grande e pela paz de lugares mais tranquilos que fez eu gostar da idéia de ir para uma país como o Canadá. Só que, mesmo lá, vai ser dificil encontrar tudo. Afinal, como morar numa casa (não townhouse, casa mesmo) em cidades como Toronto e Vancouver? Ainda que essas casas existam, custarão uma fortuna, que sabe Deus quando nós vamos poder pagar. Me pego pensando em ir para uma cidade menor e me pergunto se essa é mesmo minha vontade, já que não é a idéia original. Será que vou morrer de tédio?! Será que, na verdade, não sou tão "menina da cidade grande" assim? Será que, por ser uma cidade pequena num "país desenvolvido", estarão disponíveis esses serviços mais importantes pra mim? Será que eu não gostaria de morar numa super cidade, agitada, com comércio por todos os lados, todo tipo de programas culturais imagináveis?

Vai saber!

"O que será, que será? (...)
O que não tem certeza nem nunca terá
O que não tem conserto nem nunca terá
O que não tem tamanho..."

I'm trying!

Gente, estou aqui tentando escrever um post, mas está ficando sem pé nem cabeça. Já pensei em dividi-lo em vários e fazer uma série, mas continua confuso. Mas uma hora eu consigo (I hope).

Friday, March 14, 2008

Série Coisas Que Eu Não Sentirei Saudade

O marido, ontem, teve que ir a uma reunião em São Paulo e tinha o vôo de volta (Congonhas-Santos Dummont) marcado para às 20:30. Quando ele chegou para fazer o check-in já avisaram que o vôo estava atrasado, sem previsão. Às 21:30, ele me liga para dizer que estava entrando no avião. Eu até cheguei a dizer que estava chovendo muito por aqui, mas ele disse que parecia que o tráfego aéreo estava normal, já que os aviões estavam saindo.

Eu que me preocupo com tudo, sempre, desde a hora que cheguei em casa fiquei me ocupando com coisas diversas. Ficava repetindo: "não se preocupa, não se preocupa, se ocupa"! Assisti a um filme inteirinho, li e-mails, li blogs, pesquisei sobre Halifax, fofoquei no Orkut e nos fotologs, assisti ao Big Brother (argh!), fiz um jantar de verdade. E no final disso tudo, nada do marido dar sinal de vida. Já eram 23:30 e eu resolvi dar uma olhada no site da Infraero para acompanhar os vôos chegando no aeroporto. Aparecia a lista dos vôos chegando, sempre com um aviso de "previsto", "atrasado" ou "confirmado". E o vôo do marido, adivinhem! "Procure a cia aérea". Quem acompanhou os últimos desastres aéreos aqui no Brasil deve se lembrar que esse é exatamente o aviso dado quando algo de errado está acontecendo.

E o mantra na minha cabeça se repetindo. Entrei em mais alguns sites, ficava dando "atualizar" no site da Infraero, mas vocês devem ter idéia de como o tempo demora a passar numa situação dessas. Acabei resolvendo ligar para o balcão da Gol no aeroporto. Não atendia!!! Liguei para o balcão de informações da Infraero no aeroporto:

- Oi, eu gostaria de saber informações sobre o vôo Gol 1544, por favor.
- Só um minuto. (...) Está pedindo para procurar a companhia aérea, senhora.
- Pois é, eu já liguei, mas ninguém atende lá na Gol.
- Ah... é que a essa hora eles ficam só esperando o último vôo pousar para ir embora.
- Tá, e como eu faço para saber do vôo?
- Tem que esperar.
- (!!!) Tá... Mas o aeroporto aí está aberto para aterrissagens (é assim que escreve?)?
- Olha, eu não sei, não, senhora. Deve estar, sim, mas se bem que está chovendo muito agora, né?
- Como você não sabe disso? Como eu faço pra saber?
- A senhora tem que esperar pra ver se ele chega.
(!!!)

Tudo bem, né? O funcionário da Infraero no aeroporto não é obrigado a saber esse tipo de informação irrelevante, certo? O desespero foi aumentando por perceber que, na verdade, não sabiam do avião. Insisti mais umas tantas vezes no balcão da Gol e na central de atendimento ao cliente deles e, claro, não consigo falar com uma alma sequer. Acabei resolvendo ligar para a Central de Vendas (essa eles sempre atendem!) da Gol.

Primeiro, o rapaz disse que não tinha esse tipo de informação. Dei meu primeiro piti. Ele pediu um minuto e, em seguida, voltou dizendo que não tinha informações sobre esse vôo. Dei meu segundo piti. Depois de um tempo, ele me diz que o avião já posou fazia tempo, normalmente. Eu disse que dificilmente isso era verdade porque o Julio sempre me liga quando chega em solo pra dizer que está tudo bem. (Nesse momento eu já comecei a me preocupar mesmo, até porque, na cidade que vivemos, não é 100% seguro que você vai chegar em casa depois de pousar.) Dei meu piti número três. E aí, ele, finalmente, volta dizendo que o vôo vai pousar no Galeão em cinco minutos.

Nesse ponto eu já estava uma pilha só e, graças a Deus, imediatamente depois o Julio me liga pra dizer que tinha acabado de chegar. O lado dele da história, aliás, não é mais tranquilizador.

O piloto avisou que estava esperando um sinal da torre do Santos Dummont para poder descer. A torre dá o sinal, dizendo que tem condição de aterrisagem, o piloto começa o procedimento e, no meio do caminho, vê que não tem condições e volta a acelerar para retomar o vôo. Aguarda novo sinal, e, quando ele vem, a cena se repete, com o piloto fazendo uma super curva pra esquerda no momento que volta a acelerar. Depois, ele informa aos passageiros que vão ficar aguardando orientação quanto a pousar no Galeão ou não. Em último caso, diz ele, voltamos para Guarulhos. Finalmente autorizam o pouso no Galeão e meu maridinho chega a salvo.

Minha grande questão é: como a companhia aérea e a Infraero ficam sem notícia de um avião??? Como a torre de controle de um aeroporto não sabe avaliar se tem ou não condição de pouso?? Foi uma noite angustiante! Ainda bem que teve final feliz!

Para os que comentaram e se sensibilizaram com o que aconteceu ao casal que trabalhava aqui comigo, sinto informar que ela faleceu hoje pela manhã. Do jeito que estava, acho que foi melhor assim. A fragilidade da vida sempre me choca. :/

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