Friday, March 7, 2008

Halifax: bom pra cachorro!

Esta pessoa que vos escreve tem uma nova paixão. E essa nova paixão se chama Halifax. Trata-se da capital da província de Nova Scotia, de frente para o mar. Mas vamos começar do começo.

Ontem, lendo o Picolé Carioca, me deparei com uma parte do post de um outro blog, o #Sustenido#, da Flá. O texto falava sobre a decisão de imigrar e os passos até que a Flá, seu marido e seus quatro cachorros decidissem qual seria o destino deles (quer dizer, acho que os cães não participaram da decisão, mas, com certeza, tiveram um peso enorme nela).  Mas, daí, quando eu li que eles tinham quatro cães, nem me empolguei muito, pensando: "ah, devem ser quatro pulguinhas (como eu me refiro aos cães pequenos)...". Mas minha pontinha de esperança fez com que eu entrasse no #Sustenido# e vasculhasse por tal informação. Eis que encontro: são três rottweillers e um vira-lata muito simpático que nem é tão pequeno assim. Nossa!!! Fiquei muito empolgada. Afinal, não é todo dia que encontramos pessoas tão malucas quanto a gente (para quem não sabe, nós temos quatro cachorros GRANDES).

E eles decidiram por Halifax por motivos muito objetivos. Primeiro, eles queriam morar em alguma capital. Imagino que pensaram que na capital as possibilidades são sempre maiores, por ser o centro da província (se bem que isso não chega a ser bem verdade em BC e AB). Segundo, eles queriam fugir das grandes queridinhas dos imigrantes e ir para um lugar menos disputado. Daí, Vancouver e Toronto saíram da lista. Além disso, eles buscavam cidades que não tinham a carência de três meses no sistema de saúde (o que é muito razoável também). E aí eles pensaram em Winnipeg, mas acabaram descobrindo que por lá eles não poderiam ter os quatro cães. Enfim, acabaram gostando de Halifax e lá foi o destino deles.

O engraçado é que na prova do IELTS do marido um dos textos era sobre Halifax e ele saiu todo empolgado dizendo que queria ir pra lá. Eu cheguei a pesquisar um pouco, mas acabei achando que a cidade devia ser pequena demais para os nossos padrões e fiquei com medo da oferta de empregos ser muito pequena. Mas agora eu voltei a pensar com carinho na possibilidade.

Uma cidade menor tem menos concorrência, é mais tranquila e a qualidade de vida deve ser ainda melhor. Halifax parece acolher os imigrantes com muito mais carinho e atenção do que Toronto, por exemplo. Os imóveis devem ser mais baratos e deve ser mais fácil encontrar uma casa que possa abrigar a nós e aos nossos filhos. Ok, vou fazer uma lista de prós e contras pra Halifax num próximo post.

Agora eu quero falar mais dos cachorros. Graças a dica da Flá para procurar nos sites oficiais, encontrei umas informações meio assustadoras. Por exemplo, ainda que por um acaso do destino, a gente consiga uma casa em Toronto que tenha espaço suficiente para todos os nossos filhos, não poderíamos levá-los porque a cidade tem um limite de 3 cães por residência. Por outro lado, em Mississauga, onde seria mais viável conseguir um imóvel desses, poderíamos levar a matilha, já que estaríamos bem no limite. Não consegui, ainda, descobrir qual é o limite em Vancouver. Definitivamente, isso é algo que influenciará a nossa decisão.

Por enquanto, Halifax entrou na disputa com muita força. O que vocês sabem sobre a cidade?

PS: Acho que o post ficou meio confuso... mas sabe como é apaixonado, né? Tanta coisa pra falar que fica até enrolado!

Tuesday, March 4, 2008

E se fosse lá?

Eu trabalho num Órgão público estadual. É um prédio desses moderninhos com pouquíssimas janelas e todo de vidro fumê, ou seja, é escuro. Só para lembrar, estou no Rio, onde trabalho, no centro da cidade. Aliás, estamos no verão carioca. E, hoje, pra minha tristeza, faz um dia lindo, céu azul, sem nuvens e sol de rachar. Bom, quem conhece a cidade ou já esteve aqui nessa época (ou até em alguma outra, já que só faz verão aqui), deve ter alguma idéia do que eu estou falando. É um calor infernal.

E eis que há duas semanas a última das doze máquinas de ar-condicionado quebrou. Pois é! São doze máquinas para dar conta do prédio todo. Daí, a primeira quebrou e pensaram: "tudo bem, ainda tem onze funcionando". E quebrou a décima primeira, mas ainda sobravam dez. Dez é um bom número, não? Bem redondinho! E aí, a décima quebrou. E foi assim até que ficamos com uma máquina que, claro, tinha que quebrar. E isso foi há duas semanas!!!!

No final da semana passada, compraram, segundo ouvi dizer pelos corredores, duas máquinas usadas porque as novas são incompatíveis com não-sei-o-quê do prédio e levaria muito tempo para fazer as adaptações. Deu uma leve refrescada, digamos, passou a ser humanamente possível ficar aqui dentro. Só que, claro, elas também quebraram. Afinal, um serviço projetado para ser executado por doze máquinas não poderá ser todo jogado para duas, que serão sobrecarregadas até o fim. Ou será que eu estou enganada?

Passou o final de semana e por causa da chuva no sábado parece que não puderam fazer o conserto. Mas aí passou o domingo, a segunda (e isso sem contar os dias anteriores porque, como eu disse, já faz duas semanas! Inteirinhas!) e, ainda assim, não conseguiram terminar o conserto.

Na minha sala, por exemplo, não tem qualquer janela. Na sala dos meus chefes, tem uma janela daquelas que só abrem um pouquinho, mas não tem nenhuma do outro lado para fazer corrente de ar. Vocês têm alguma idéia do calor que está aqui dentro??? Acho que não! E amanhã eu trago meu termômetro para passar uma idéia mais apurada.

Mas sabe o que isso tem a ver com esse blog? É que, enquanto tento me manter alerta sem desmaiar por conta do calor (quem tem pressão baixa deve saber do que estou falando), fico pensando o que aconteceria se num grande prédio comercial do Canadá o sistema de aquecimento falhasse em pleno inverno. Por duas semanas!!! Quer dizer, acho muito difícil que o sistema de aquecimento falhe em pleno invenro porque imagino que a devida manutenção seja feita e, provavelmente, com a aproximação das baixas temperaturas, o sistema deve ser verificado. E, ainda que acontecesse, imagino que em duas semanas já teriam conseguido alguma solução, ainda que fosse um Órgão público. Ou eu deveria dizer, e ainda mais sendo um Órgão público? Mas, enfim, fico pensando, hipoteticamente, no que aconteceria num caso desses. Será que as pessoas continuariam indo trabalhar mesmo fazendo -30ºC e sem aquecimento no prédio? Será que a rotina de trabalho continuaria a mesma???

E esse é o país em que eu vivo. Pro frio, eu até poderia me encher de casacos (apesar de que -30ºC, haja casaco pra dar conta, né?), mas no calor, não dá pra entrar numa ducha gelada no meio do dia de trabalho. Eu já estou pensando seriamente em quais serão as consequências se eu não vier trabalhar nesses dias infernais (no inferno deve estar mais fresco!). Nesse caso, provavelmente, eu serei punida de alguma forma porque alguém vai fazer alguma coisa.

O último a sair que apague a luz. Ah, não... a luz aqui da sala já queimou e ainda não tiveram tempo de vir trocar. Devem estar consertando o ar-condicionado.

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