Tuesday, March 11, 2008

Quando a violência bate à porta

Ontem, quando cheguei aqui no trabalho me deparei com a ausência de duas pessoas. Um casal. Logo de manhã, soube o que aconteceu. Os dois eram casados e tiveram a casa invadida. Ele morreu na hora e ela está internada por conta de um tiro na cabeça e outro no pescoço. Não sabemos exatamente o que foi aconteceu. Ao que tudo indica, o filho deles mexeu com quem não devia e foi ameaçado. Daí, no final de semana, foram até a casa deles para levar o garoto e, claro, a mãe deve ter tentado intervir. O pai, ouvindo os tiros, correu para ver o que estava acontecendo e foi morto. O filho acabou escapando com um tiro de raspão.

E assim, em poucos minutos, imagino, uma família foi totalmente destruída. Tudo bem que o filho deles deve ter feito alguma besteira, mas daí a vir alguém disposto a matar todos dentro da casa? Não tenho a menor dúvida que só fazem esse tipo de coisa por aqui porque sabem que não haverá consequência. E ainda me atrevo a dizer que vão lá, fazem o que fazem, e devem voltar pra tomar um choppinho antes de ir pra casa dormir.

O que sei é que era um casal trabalhador. Estavam os dois aqui, diariamente, no horário certo, se esforçando para atender a todos da melhor forma possível. E agora, ele não volta mais e ela ainda não sabemos. Estou rezando para que aconteça o que for melhor, que, à essa altura, eu já não sei exatamente o que é.

Ah, sim. Isso sem contar um conhecido nosso que foi assaltado sábado de manhã no Parque Lage. (!!!)

E ainda nos perguntam porque queremos ir pro Canadá.

7 comments:

Renata, Dory, Olívia e Vítor said...

Sem comentários...
Será que fugir da violência já não é mmotivo sufuciente pra querer ir embora? Eu creio que sim!
Abraços!

Anonymous said...

Que tristeza... Não sei nem o que dizer!
Er, mudando de assunto, tentei responder seu comentário usando o endereço de e-mail que vc deixou lá mas deu erro, parece que a sua caixa está cheia - eu inclui 2 fotos pra vc ver o canil, pode ser por isso, sei lá. Mais tarde tento mandar de novo o e-mail, ok?
Beijinho

Anonymous said...

Nossa,Camila.Que tristeza!
Vivemos em uma cidade onde a violência não é tanta quanto no Rio, mas tem chegado devagarinho e esta tomando conta.Mas a pobreza de onde moramos é gritante.

A propósito, parabens pelo casamento.
Um dia olhei suas fotos do casamento no no orkut, perfeitas.

Anonymous said...

É, Camila... essa é a cidade em que vivemos! Aliás, soube de um caso muito parecido, em Ponta Grossa, mas ainda bem que não aconteceu nada com o casal. Eles foram assaltados dentro de casa, os ladrões parece que tinham sido avisados pela empregada e achavam que eles tinham muitos dólares no cofre... Que nada! Não tinham muita coisa, então eles ficaram com raiva e começaram a bater neles! Um verdadeiro horror! Mas como o cara era uma pessoa bem relacionada, conseguiram capturar os bandidos no dia seguinte. E aí, surpresa: eram rapazes que moravam no mesmo bairro! E o pior é que cada pessoa que conhecemos sabe de várias histórias parecidas, ou seja, o perigo está sempre à nossa volta... Temos que nos cuidar, sempre!

Bjs!

Andréa

Sandro e Família said...

Camila

Mais um caso que vai entrar para as estatísticas de violência da nossa cidade.
O que mais me preocupa é que sinto que a próxima vítima pode ser qualquer um de nós.


Passa tempo...passa !!!

Sergio said...

Tudo isso é muito triste porque mesmo que o rapaz tenha feito algo errado, teoricamente no Brasil não tem pena de morte.
Eu não sei como as pessoas conseguem se anestesiar com esta situaçao e achar que toda esta violencia e impunidade são normais.
Lamento muito pelos seus colegas e por todas a outras familias que estao passando por situações parecidas.

Marilena

Rogério said...

Nossa! Que butalidade!!! É uma face da impunidade. Com certeza, o chopinho que você citou deve ter acontecido...

Rezar para que as coisas se ajeitam, pq neste momento e com este cenário, nem sei o que é melhor...

Mandei a planilha para o email que você informou, caso não tenha recebido é só falar, ok!

Grande abraço!

Rogério Lima

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